Após reunião com MPL, ministro das Cidades diz que transporte público é de má qualidade
Após anunciar reunião da presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (24) com integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) de São Paulo, responsável pela convocação dos atos contra o aumento da tarifa dos transportes públicos, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que também participou do encontro, falou que a qualidade do transporte público no Brasil é de "má qualidade" e "deficiente". "A qualidade é deficiente", disse em entrevista coletiva após o evento.
Protestos continuam
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A reunião começou por volta das 14h e terminou depois das 15h.
Segundo Ribeiro, o clima da reunião foi "amistoso". No encontro, houve "uma nova perspectiva de agenda" na questão dos transportes públicos, disse.
Questionado sobre a chance de implantar a tarifa zero nos transportes públicos, como reivindica o MPL, o ministro disse apenas que "não adianta simplesmente reduzir a tarifa" e que "um sistema de transporte depende do custo. A questão de gratuidade é saber como se pagará essa gratuidade."
O ministro disse ainda que Dilma foi a única presidente a investir no setor em 30 anos. "Passamos mais de 30 anos sem investir em mobilidade urbana no país. Esse pessoal, essa massa que trabalhava nessa área, passou a trabalhar em outras áreas. Foi retomado esse investimento agora."
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na última sexta, Dilma disse que os representantes dos movimentos devem contribuir para o debate. "Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências, de sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente."
Assista à íntegra do discurso da presidente Dilma
Antes da reunião, o MPL divulgou nesta segunda-feira (24) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, na qual criticam o tratamento dispensado pelo governo federal aos movimentos sociais e criticam a "máfia dos transportes".
"Ficamos surpresos com o convite para esta reunião. Esse gesto de diálogo que parte do governo destoa do tratamento aos movimentos sociais que tem marcado a política desta gestão", diz a carta.
Após se encontrar com os integrantes do MPL, a presidente, ainda hoje, prefeitos e governadores das 27 unidades federativas.
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