Duas manifestantes morrem durante protesto em Goiás; total de mortos nos atos chega a 4 em todo o país
Duas mulheres foram atropeladas durante uma manifestação na rodovia BR-251, em Cristalina (GO), na manhã desta segunda-feira (24). De acordo com informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), um Fiat Uno tentou furar o bloqueio feito por cerca de 400 pessoas na estrada, e fugiu sem prestar socorro. No total, quatro pessoas já morreram durante os protestos das últimas semanas no país.
De acordo com a PRF, o ato, que acontece na altura do km 30 da rodovia, é pacífico, e reivindica melhorias na pavimentação da estrada e a legalização de lotes de moradia na cidade. A perícia foi acionada, mas ainda não chegou ao local. Os sentidos da rodovia estão bloqueados pelo protesto, o que provoca congestionamentos no local.
De acordo com o inspetor da PRF Tércio Baggio, "manifestantes contaram que ele parou pouco depois do local do acidente, mas acabou indo embora. Talvez por medo de ser agredido. Ele ligou para a polícia e disse que está disposto a prestar as informações necessárias sobre o acidente."
A BR-251 liga Goiás à cidade mineira de Unaí (590 km de Belo Horizonte).
Mortos nos protestos
Protestos continuam
- Dilma se reúne com integrantes do MPL no Planalto
- RJ: Taxistas ocupam ruas da zona sul em protesto contra bloqueio a novas licenças
- SP: Alckmin suspende reajuste de pedágios e nega que medida seja 'populista'
- GO: Duas manifestantes morrem durante protesto
- BH: Manifestantes fecham rodovia
- DF: Após pressão popular, Congresso debate temas relacionados às manifestações
Na quinta-feira (20), Marcos Delefrate, 18, morreu ao ser atropelado durante uma manifestação em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Na ocasião, outras três pessoas ficaram feridas. O motorista, Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37, que dirigia uma Land Rover, fugiu sem prestar socorro. A Polícia Civil já pediu a prisão do empresário, mas outras vítimas de Alexsandro não acreditam que ele será punido.
Em Belém, a gari Cleonice Vieira de Moraes, 51, morreu na sexta-feira (21), após inalar gás lacrimogêneo disparado por policiais militares durante um ato contra o aumento da tarifa de ônibus na capital. Ela trabalhava na prefeitura, e sofreu duas paradas cardíacas. Cleonice era hipertensa.
O secretário Municipal de Saneamento da capital, Luiz Otávio Mota Pereira, atribuiu a morte da gari a uma "grande fatalidade".
Rota mata três após manifestação
Uma criança e um policial militar foram baleados na noite de sexta-feira (21) durante manifestações na via Dutra, na altura do viaduto Curuçá, zona norte de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, os feridos foram levados a prontos-socorros da zona leste e da zona sul e ninguém foi preso.
Em seguida, policiais da Rota foram em busca de suspeitos e mataram três pessoas em um tiroteio na favela Funerária, na Vila Maria, ao lado do local do protesto. Segundo informações da Polícia Militar, os PMs foram recebidos com tiros de fuzil.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.