Após confronto em frente à sede do governo do Rio, manifestantes levam cadeiras de bar, diz garçom
Uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, em Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, teve pelo menos dois momentos de confronto entre a Polícia Militar e manifestantes nesta quinta-feira (11). O primeiro deles aconteceu depois que rojões foram lançados na direção dos PMs que cercavam o prédio. Um grupo de manifestantes que fugia do Batalhão de Choque pela praia de Botafogo e pelo Aterro do Flamengo, depois de serem dispersados do protesto, levou cerca de 15 cadeiras de um bar que estavam na calçada na rua Senador Vergueiro, no Flamengo.
"Eu ouvi as bombas de gás estourando e entrei, para me proteger. Depois vi a correria e os manifestantes pegando as cadeiras, correndo do Choque", contou o garçom Geovane Duarte, funcionário do Bar e Restaurante Sonho do Flamengo.
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A polícia reagiu com bombas de gás e balas de borracha e tentou dispersar os manifestantes, que saíram pela rua Paissandu quebrando lixeiras, vasos e agências bancárias. Uma barricada foi improvisada na rua, com lixo incendiado. Os estabelecimentos comerciais da região fecharam as ruas às pressas. Moradores desceram dos seus apartamentos reclamando da fumaça das bombas de gás lacrimogênio.
Segundo a PM, havia cerca de 500 manifestantes no local e 150 policiais do 2º e do 6º BPM –desses, 50 são do Batalhão de Choque. Após o confronto, um cordão formado por cerca de cem policiais foi formado em torno do palácio, para onde os manifestantes voltaram. Houve nova confusão, e bombas de efeito moral e balas de borracha foram utilizadas mais uma vez.
Ao tentar fugir da polícia, um grupo de manifestantes entrou na Casa de Saúde Pinheiro Machado, vizinha ao Palácio Guanabara. Segundo funcionários do estabelecimento, todo o local se encheu de gás lacrimogêneo e a polícia invadiu a casa atrás dos manifestantes.
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A rua Pinheiro Machado foi interditada nos dois sentidos. Os motoristas que seguem do Túnel Santa Bárbara para a zona sul são desviados para saída da rua das Laranjeiras. No sentido Catumbi, o acesso ao túnel também é feito pela rua das Laranjeiras.
Os manifestantes se concentraram no final da tarde no Largo do Machado, no Catete, de onde seguiram a pé em direção à sede do governo fluminense. Policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar (PM) acompanharam a manifestação. A 1ª Companhia Independente da PM era a encarregada da segurança do palácio.
Manifestação no centro
Mais cedo, um protesto que reuniu pelo menos 10 mil pessoas --segundo estimativa da Polícia Militar-- no centro do Rio também terminou em confronto entre policiais militares e manifestantes na Cinelândia. Por volta das 18h30, o Batalhão de Choque foi acionado para dispersar a multidão, e o canhão d'água, equipamento conhecido como "brucutu", chegou ao local por volta das 19h. Segundo a PM, manifestantes mascarados atiraram bombas artesanais no centro e um policial foi ferido na cabeça.
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A Polícia Militar informou que dez suspeitos foram presos e dois foram menores apreendidos. Eles foram levados para a 5ª DP. A confusão começou em frente ao Museu Nacional de Belas Artes, na avenida Rio Branco, quando manifestantes começaram a jogar pedras e garrafas nos policiais. Os PMs no local chamaram reforço e reagiram com bombas de gás de pimenta e balas de borracha.
A manifestação, convocada pelas centrais sindicais UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), foi encerrada pelos organizadores após o início da confusão. As pessoas que entraram em confronto com a PM jogaram lixo na avenida e incendiaram. A corporação informou que uma cabine da PM foi apedrejada no Largo da Carioca. (Com Agência Brasil)
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