Dois milhões de turistas devem passar pelo Rio durante Jornada Mundial da Juventude

A cidade do Rio de Janeiro receberá cerca de 2 milhões de turistas durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada entre os dias 23 e 28 de julho, com a presença do papa Francisco, segundo informou nesta sexta-feira (18) o secretário nacional de Políticas de Turismo, Sandro Fernandes.

De acordo com o representante do governo federal, 40% turistas que virão ou que já estão no Rio são de estrangeiros, o que representará, ao fim da JMJ, 200 países. O maior fluxo será oriundo da América Latina. Por esse motivo, cerca de 60% chegarão por via terrestre.

Fernandes informou ainda que a Jornada conta com 312 mil inscrições de peregrinos, dos quais 60% são de brasileiros, e 60 mil voluntários, sendo 90% de brasileiros. Na missa de encerramento, a ser realizada em Guaratiba, na zona oeste da cidade, estarão mobilizados 20 mil voluntários.

Dificuldades

Os peregrinos que já estão no Rio elogiam a beleza da cidade e a hospitalidade dos cariocas, mas reclamam das dificuldades do dia a dia e temem sair desacompanhados à noite. Animados com a proximidade do evento, os jovens visitantes mostram-se cuidadosos com questões de segurança e locomoção.

Impressionada com a beleza do Rio, a queniana Victoria Gathogo, 25, disse que procura andar à noite acompanhada de seu grupo para não passar por nenhuma situação perigosa. "Andar de noite, depois das 21h, é um pouco assustador. Não tem muitas pessoas na rua, há pouca gente andando de metrô e alguns [passageiros] parecem um pouco perigosos, mas nada aconteceu comigo."

O sistema de transportes coletivos do Rio também foi alvo de reclamações. Os peregrinos se queixam da falta de mapas que indiquem onde passam as linhas de ônibus. A mexicana Victoria Visconth, de 20 anos, precisou se informar com pessoas que estão na rua. "Eu não achei nenhum mapa me informando que uma linha de ônibus vai para determinado lugar. Então, tenho que ficar perguntando para as pessoas, que são muito gentis", disse Victoria.

Outra crítica dos peregrinos que estão no Rio é sobre a maneira de dirigir dos motoristas de ônibus da cidade. Para alguns, os motoristas dirigem de modo irresponsável e imprudente. As mexicanas Pilar Perezcalva e Ana Stehle ficaram assustadas com a alta velocidade dos coletivos. "Os ônibus andam muito rápido e não se importam com os passageiros e pedestres. Se alguém tenta atravessar a rua, eles aceleram", disseram as mexicanas.