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SP reúne 650 em protesto por moradia; manifestantes ocupam prédio no Rio

Do UOL, em São Paulo

28/08/2013 12h06Atualizada em 28/08/2013 12h36

Protestos por reforma urbana e moradia reuniam manifestantes de São Paulo e do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (28). Na capital paulista, a marcha organizada por movimentos populares em parceria com ONG’s e sindicatos reuniu pelo menos 650 pessoas, segundo a Polícia Militar. 

No Rio de Janeiro, cerca de 50 pessoas ligadas a movimentos sociais de luta pela moradia ocupavam desde a madrugada desta quarta-feira (28), um antigo prédio do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), localizado na zona portuária da cidade.

Em São Paulo, os manifestantes se concentraram em dois pontos da cidade por volta das 9h: o largo da Batata, na zona oeste, em direção ao Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista) e a praça da Sé, no Centro, rumo à Prefeitura de São Paulo, na mesma região. Às 12h, os manifestantes já estavam em frente a sede do governo empunhando bandeiras e interditando parte da avenida Morumbi.

As manifestações são promovidas pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU) --que congrega movimentos populares, associações de classe, ONGs (organizações não governamentais) e instituições de pesquisa.

Segundo Raimundo Bonfim, coordenador estadual da Central de Movimentos Populares, os movimentos sociais reivindicam a construção de 200 mil moradias até o final da gestão do governador Geraldo Alckmin. “Estamos também mostrando nossa contrariedade com as parecerias público-privadas para a habitação e reivindicando a instauração da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] para investigar a corrupção no metrô e na CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos]”, explicou.

O grupo elaborou uma carta com 15 pontos de reivindicação e pretende distribuí-la à população e encaminhá-la aos governos estadual e municipal.

Antônio Pedro de Souza, representante do Muhab (Movimento Unidos pela Habitação), afirma que o objetivo do protesto é discutir várias questões que envolvem a reforma urbana.

“Nossa pauta diz respeito a questões urbanas como moradia, saneamento, transporte e mobilidade. Queremos a ampliação do metrô da linha lilás, no Capão Redondo, e da CPTM, além da CPI”, disse.

Segundo dados do movimento, há um déficit de 890 mil moradias na cidade de São Paulo.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, duas viaturas da Polícia Militar permaneciam no prédio número 53 da avenida Venezuela, que pertence ao INSS, nesta manhã. O edifício, que estaria abandonado desde a década de 70, havia sido ocupado pela primeira vez em 2005. Na ocasião, os ativistas passaram a chamar o local de Ocupação Zumbi dos Palmares. Eles foram despejados em 2009 e, desde então, o prédio permanece vazio.

Os manifestantes exigem que o edifício seja destinado à moradia popular. Segundo eles, a SPU (Secretaria de Patrimônio da União) estaria planejando utilizar o imóvel para abrigar famílias que atualmente residem na comunidade do Horto, dentro dos limites do Jardim Botânico, na zona sul da cidade, e que serão removidas após a demarcação dos limites do parque.

Participam da ocupação membros do MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), da CMP (Central de Movimentos Populares) e da UMP (União por Moradia Popular). (Com Agência Brasil)