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Subadutora rompe na zona norte do Rio e deixa pelo menos 160 mil sem água

Homem caminha dentro de buraco aberto por causa do rompimento de uma subadutora da Cedae em Vila Isabel, zona norte do Rio - Ale Silva/Futura Press
Homem caminha dentro de buraco aberto por causa do rompimento de uma subadutora da Cedae em Vila Isabel, zona norte do Rio Imagem: Ale Silva/Futura Press

Felipe Martins

Do UOL, no Rio

09/10/2013 10h10Atualizada em 13/11/2014 16h33

O rompimento de uma subadutora da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto) na esquina da rua Torres de Homem com Duque de Caxias, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, alagou ruas no entorno e deixou pelo menos 160 mil moradores sem abastecimento de água nesta quarta-feira (9).

Segundo a empresa, todo o bairro da Tijuca está prejudicado com a falta de água. A população do bairro é de 162 mil pessoas, de acordo com o último Censo. Além do bairro da zona norte, falta água em Botafogo, Laranjeiras e Copacabana, na zona sul da cidade. A companhia de abastecimento pede que a população economize água.

No local do acidente, garagens de prédios foram invadidas pela água e alguns motoristas ficaram impossibilitados de sair com os carros. O trânsito foi interditado na região. Os motoristas são orientados por fiscais da CET-Rio a utilizarem a Boulevard 28 de Setembro e a rua Visconde de Abaeté como opções.

De acordo com a Cedae, o vazamento de água ocorreu por volta das 5h40, e a equipe de técnicos da concessionária chegou por volta de dez minutos depois. A conclusão do reparo está prevista para as 20h.

Rompimento de adutora na zona oeste

Em julho, o rompimento de uma adutora da Cedae, na estrada do Mendanha, em Campo Grande, zona oeste do Rio, deixou pelo menos 18 pessoas feridas e uma criança morta. De acordo com relatos de moradores, as águas atingiram cerca de dois metros de altura, alagando muitas casas e deixando moradores ilhados.

Isabela Severo dos Santos, de três anos, teve parada cardiorrespiratória e acabou morrendo. A mãe da menina tentou salvá-la da inundação passando a criança por cima do muro que separa as duas residências.  A parede desabou e a criança foi soterrada. Ela chegou a ser resgatada pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Rocha Faria, mas não resistiu.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, visitou o local no mesmo dia do acidente e afirmou que a Cedae se responsabilizaria pela reconstrução das casas destruídas pela inundação e pela indenização aos moradores.

A reportagem do UOL procurou a Cedae nesta quarta-feira para saber se as indenizações prometidas aos moradores foram pagas, mas até o momento não houve resposta.