Incêndio atinge prédio no centro de São Paulo e mais de 40 são socorridos
Pelo menos 46 pessoas foram socorridas na madrugada desta sexta-feira (8) depois que um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio comercial no centro de São Paulo e alastrou fumaça para edifícios próximos, de acordo com o Corpo dos Bombeiros. O fogo também atingiu um prédio residencial grudado ao estabelecimento.
As vítimas foram levadas para hospitais na região central de São Paulo. Na Santa Casa, para onde foram encaminhadas sete pessoas, quatro já haviam recebido alta hospitalar por volta de 11h. O paciente mais grave, um idoso, teve as mãos e 15% do rosto queimados.
De acordo com o tenente-coronel Valmir Correa Leite, cem pessoas foram atendidas no local. As que precisaram ser encaminhadas para hospitais na região, relatou, tiveram quadro de intoxicação por fumaça. “O caso mais grave é do idoso que demoramos para localizar”, justificou Leite.
O incêndio começou por volta da 1h e às 5h estava controlado, conforme informaram os bombeiros, que mobilizaram 45 unidades para atender a ocorrência.
A assessoria de imprensa da academia informou que a unidade que pegou fogo foi inaugurada há menos de uma semana.
"A direção da empresa está em contato com autoridades para identificar as causas e poderá prestar mais esclarecimentos após o relatório da perícia técnica", informou a assessoria, em nota.
Portas bloqueadas
Segundo o coronel dos Bombeiros, no edifício comercial onde se localiza a academia, as portas corta fogo estavam bloqueadas. "Isso não chegou a ser um problema pois não havia vítimas no local”, afirmou. O fato de haver muitos moradores estrangeiros, completou o coronel, foi outro dificultador durante o socorro às vítimas.
"A barreira a língua foi um complicador, já que havia muitos estrangeiros no prédio, mas, nessa hora, o pânico é uma linguagem universal", comparou.
De acordo com o coronel, um grupo de bombeiros chegou a ficar preso dentro do prédio quando o telhado da academia veio abaixo, de modo que precisaram abrir um buraco na parede para ventilar o ambiente. O coronel disse não saber como está a situação dos documentos do prédio.
Prédios são interditados
O coordenador geral da Defesa Civil de São Paulo, coronel Jair Paca, relatou que o 6º, 7º e 8º andares do edifício de número 125 da avenida Ipiranga foram os mais atingidos e tiveram danos estruturais. “Não há risco de colapso do prédio, mas, pontualmente, pode haver queda de algumas paredes e de estuque”, afirmou.
Paca informou ainda que dois prédios estão interditados por tempo indeterminado e um terceiro edifício será vistoriado e também pode ser fechado.
Por volta das 9h os moradores começaram entrar no edifício acompanhados por bombeiros, para retirar documentos e objetos de valor dos apartamentos.
O edifício incendiado é comercial e abriga uma academia de ginástica, onde teria começado o fogo. A Prefeitura de São Paulo chegou a informar que o incêndio atingiu um prédio residencial na avenida Rio Branco, de número 237, mas segundo os bombeiros, o edifício fica na esquina da rua do Boticário com a avenida Ipiranga.
A fumaça alta se alastrou e entrou pelas janelas dos edifícios, assustando moradores. Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", uma família foi resgatada do quarto andar de um dos prédios com o auxílio de uma escada Magirus do Corpo de Bombeiros. Pai, mãe e filho, com medo da fumaça, chegaram a ameaçar se jogar pela janela.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que a avenida Rio Branco está interditada sentido centro, junto à rua dos Timbiras e a avenida Ipiranga junto com a Casper Líbero.
Primeiro carro dos bombeiros chegou em sete minutos
Procurada pela reportagem, a Sala de Operações do Corpo de Bombeiros informou que o primeiro chamado sobre o incêndio ocorreu à 1h e que o primeiro veículo da corporação partiu do quartel à 1h02. Ainda segundo os bombeiros, o veículo chegou ao local à 1h07.
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