Polícia tem imagens de assassinos de Vinícius Gritzbach
A polícia obteve novas imagens dos suspeitos de assassinar o delator do PCC Vinícius Gritzbach. Nos registros, eles aparecem sem máscaras.
O que aconteceu
A investigação conseguiu imagens sem o rosto coberto dos homens que participaram do assassinato do delator do PCC, Vinícius Gritzbach. Apesar da informação, obtida pela reportagem, ainda não há divulgação oficial das identidades.
Foram analisadas imagens de câmeras de segurança próximas à região onde o carro foi abandonado e coletado material genético dos suspeitos. No veículo, havia digitais e objetos utilizados pelos criminosos, além das armas, encontradas próximas ao local.
A perícia nas armas abandonadas perto do veículo utilizado no crime também foi concluída. Agora, a polícia fará um cruzamento de informações com o banco de dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública) para descobrir perfis compatíveis com os materiais colhidos após o crime.
O assassinato
Gritzbach desembarcava no aeroporto quando foi alvejado por dez tiros. Ele estava voltando de uma viagem de Maceió com a namorada e teria encontrado dois seguranças. Um deles, estava com o filho do empresário, conforme apurou o colunista do UOL Josmar Jozinho. Assim que ele deixou o saguão do aeroporto, o empresário é assassinado por dois homens encapuzados com fuzis. Os atiradores entraram em um Gol preto e fugiram.
Ele foi atingido em diversas regiões do corpo. O empresário foi alvejado por quatro disparos no braço direito, dois no rosto, um nas costas, um na perna esquerda, um no tórax e um entre a cintura e a costela, pelo lado direito. Ele morreu no local.
O veículo usado no crime foi abandonado nas imediações do aeroporto. Dentro dele, havia munição de fuzil e um colete à prova de balas.
Houve um suposto problema em um dos carros da escolta do empresário. A segurança era feita por quatro policiais militares contratados como segurança pelo empresário. Segundo a Polícia Civil, o Volkswagen Amarok, que era blindado, apresentou uma falha e foi deixado em um posto de combustível sem acessar a área de desembarque. A investigação irá apurar se houve mesmo falha mecânica ou se episódio está relacionado com o crime.
Gritzbach tinha R$ 1 milhão em joias na bagagem que trazia de Maceió. Eram pedras preciosas, colares, correntes, anéis, brincos, pulseiras e até um relógio Rolex. Elas estavam em um porta-joias pequeno, de tecido azul-claro com dois certificados Vivara, dois certificados Cartier, um certificado Bulgari, um certificado Cristovam Joalheria e um certificado IBGM Gemologia. A Polícia Civil apreendeu o material.
Um motorista de aplicativo também foi morto no atentado. Celso Araújo Sampaio de Novais, 41, foi levado para a UTI após ser atingido por um tiro nas costas, mas não resistiu.
Outras duas pessoas ficaram feridas. Samara Lima de Oliveira, 28, e o funcionário de uma empresa terceirizada do aeroporto, Willian Sousa Santos, 39, também foram levados ao Hospital Geral de Guarulhos. William sofreu ferimentos na mão direita e ombro e está em observação. Samara foi atingida superficialmente no abdômen e acabou liberada. Nenhum deles, nem o motorista de aplicativo, tinham ligação com o empresário, disse a polícia.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.