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Aeroporto do Galeão é leiloado por R$ 19 bi; Confins é arrematado por R$ 1,82 bi

Do UOL, em São Paulo

22/11/2013 11h36Atualizada em 22/11/2013 14h58

O governo federal arrecadou R$ 20,82 bilhões com o leilão de concessão dos aeroportos internacionais do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais, realizado nesta sexta-feira (22), na sede da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/11/22/os-servicos-nos-aeroportos-administrados-pela-iniciativa-privada-vao.js

A soma representa um ágio de 251% sobre os R$ 5,9 bilhões que totalizavam os lances mínimos exigidos no edital. Os grupos devem assumir a administração dos terminais em março de 2014. Galeão e Confins respondem juntos por 14% da movimentação de passageiros e 10% de carga no Brasil.

Em Fortaleza, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o leilão teve ágio "extraordinário" e que os pessimistas "terão mais um dia de amargura" com o sucesso do desfecho do leilão.

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, afirmou que o resultado do leilão dos aeroportos foi "excepcional" e mostrou a confiança dos investidores no Brasil.

O consórcio Aeroportos do Futuro, formado pela Odebrecht e pela Changi, de Cingapura, ganhou o leilão de concessão do Aeroporto Internacional do Galeão.

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  • Arte/Folha

O grupo apresentou um lance de R$ 19 bilhões, com ágio de 293% sobre o lance mínimo exigido para o Galeão, que era de R$ 4,828 bilhões. A Changi administra o aeroporto de Cingapura, considerado o melhor do mundo.

O aeroporto de Confins foi arrematado por R$ 1,82 bilhão, valor que representa um ágio de 66% sobre o lance mínimo exigido, que era de R$ 1,096.

O vencedor foi o consórcio AeroBrasil, composto pela CCR, pela suíça Flughafen Zurich e pela alemã Flughafen Munchen. A Flughafen Zurich administra o aeroporto de Zurique, na Suíça. A Flughafen Munchen administra o aeroporto de Munique, na Alemanha.

Prazos de concessão

O prazo de concessão do Galeão é de 25 anos, com possibilidade de uma prorrogação de até cinco anos. No caso de Confins, o prazo é maior: são 30 anos, com possibilidade de prorrogação de até cinco anos.

O edital de concessão prevê obras e melhorias nos dois terminais. O governo estima que serão feitos investimentos de R$ 5,7 bilhões no Galeão e de R$ 3,5 bilhões em Confins.

No Galeão, exige-se, por exemplo, a construção de 26 pontes de embarque e a ampliação do pátio de aeronaves até abril de 2016. Em Confins, o governo cobra, entre outros itens, a construção de um novo terminal de passageiros com pelo menos 14 pontos de embarque e vias terrestres associadas até a mesma data.

O sistema de concessão é de partilha entre governo e iniciativa privada. Os consórcios vencedores ficarão com 51% do controle de cada aeroporto; a Infraero terá 49%.