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Sobe para oito o número de mortos em acidente de trem em São José do Rio Preto (SP)

Do UOL, em São Paulo

25/11/2013 03h22Atualizada em 25/11/2013 10h33

Subiu para oito o número de vítimas do descarrilamento de um trem neste domingo (24), em São José do Rio Preto (a 443 km de São Paulo). Outras oito pessoas ficaram feridas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos dois mortos são crianças, entre dois e cinco anos de idade. Outra vítima era uma mulher que estava grávida. Os corpos foram encontrados soterrados sob os escombros. Equipes de resgate dos bombeiros trabalharam durante a madrugada na busca por mais vítimas.

Local do acidente, São José do Rio Preto fica a 443 km de São Paulo

  • Arte/UOL

A Defesa Civil do município ainda está no local tentando localizar possíveis vítimas do acidente. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Coronel Ivano Pedro Rodrigues Filho, disse acreditar que não há mais vítimas no local.

Segundo ele, as equipes estão fazendo as buscas sob um dos vagões envolvidos no acidente. Peritos do núcleo de perícias da Polícia Técnica-Científica de São José do Rio Preto estão examinando os trilhos e os trens.

A composição e a ferrovia são administradas pela ALL (América Latina Logística).

Quatro casas atingidas

O trem circulava em um bairro residencial próximo ao centro da cidade quando saiu dos trilhos e dois vagões atingiram quatro casas situadas na região.

O acidente, que envolveu dez vagões carregados com milho, foi às 17h, no cruzamento entre a rua Osvaldo Aranha com as ruas Presidente Roosevelt e Anisio José Moreira, no bairro Jardim Conceição, perto da região central da cidade. 

No local, não há muros entre a linha de trem e os imóveis, que ficam a pouco menos de 20 metros de onde passam as composições.

Segundo relatos de testemunhas, o trem da ALL saiu dos trilhos e avançou sobre as casas que margeiam a estrada de ferro, derrubando quatro delas. Em uma das casas, um grupo de amigos fazia churrasco.

Família participava de churrasco quando trem descarrilou

Os bombeiros trabalharam com caminhões e máquinas retroescavadeiras para retirar os entulhos e liberar os corpos. A expectativa, por volta das 19h30 de ontem, era da chegada de um guindaste que seria usado para içar os vagões e tentar liberar espaço para possibilitar a procura de corpos.

Assistência às vítimas

Por meio de sua assessoria de imprensa, a ALL informou que aguarda o resultado da perícia. Segundo nota divulgada pela empresa, "o centro que controla remotamente, via satélite, toda a operação, a empresa confirmou que a composição transitava dentro dos limites de velocidade do trecho".

A ALL informou que "as causas do acidente serão investigadas por meio de sindicância". A direção da empresa se manifestou sensibilizada e solidária com as famílias das vítimas. (Com Estadão Conteúdo e Efe)