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Trio acusado de canibalismo em PE não tem problemas mentais, aponta laudo

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

26/11/2013 12h24

O trio acusado de canibalismo em Pernambuco, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51, Isabel Cristina Pires da Silveira, 52, e Bruna Cristina de Oliveira da Silva, 26, não tem problemas mentais. É o que atesta o laudo da equipe do HCTP (Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico), localizado em Itamaracá (região metropolitana do Recife).

O caso de canibalismo foi descoberto pela polícia de Garanhuns, que investigava o uso de documentos e cartão de crédito no nome de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, que desapareceu em 2008, em Olinda (PE). Bruna Cristina estava usando o nome de Jéssica em compras em Garanhuns.

Na casa que os três acusados de canibalismo moravam, em Garanhuns, foram encontrados restos mortais e eles confessaram que faziam rituais com os corpos das vítimas.

Com o resultado, a juíza da Vara do Tribunal do Júri de Olinda, Maria Segunda Gomes, já remeteu cópias do laudo para serem incluídas no processo e os três vão a júri popular. A data do julgamento em Olinda deverá ser confirmada nos próximos dias.

Segundo o TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) a avaliação psiquiátrica foi solicitada pela defesa dos acusados e com este resultado os réus não poderão contestar que não tem problemas mentais. Eles alegavam que tinham problemas de esquizofrenia.

Segundo a avaliação da equipe do HCTP, quando os três acusados assassinaram, esquartejaram e praticaram canibalismo com o corpo de três vítimas eles estavam em pleno gozo das faculdades mentais.

Diário relata como suspeitos de canibalismo atraíam vítimas

O resultado saiu no último dia 22 e foi remetido a Justiça para ser anexado aos processos contra os acusados de canibais.

O trio responde por duas ações – uma na cidade de Garanhuns, onde foi preso, e outra em Olinda, onde uma das vítimas desapareceu. O processo em Garanhuns corre em segredo de Justiça. Já o de Olinda, a Justiça está repassando algumas informações.

Os réus estão presos desde abril de 2012. Negromonte está no Complexo do Curado, em Recife. As duas mulheres estão presas Colônia Feminina de Buíque (a 280 Km de Recife).