Governo de SP se compromete a criar espaços de lazer para atender "rolezeiros", diz associação lojista
O governo do Estado de São Paulo se comprometeu a tomar medidas para atender as reivindicações dos jovens por espaços de lazer, afirmou nesta quarta-feira (22) o presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun. O compromisso foi assumido durante uma reunião de representantes da Alshop com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), realizada na noite desta terça-feira (21).
Segundo ele, a ideia é que os jovens tenham outros lugares de confraternização para que os centros comerciais não recebam grupos tão grandes.
"O governador disse que nas próximas semanas secretarias vão realizar um levantamento de áreas disponíveis no Estado que possam abrigar festas e outros eventos culturais", relatou Sahyoun.
"Os shoppings estão à disposição para ajudar a organizar os eventos, podendo estebelecer algum tipo de patrocínio dentros dessas áreas", acrescentou.
Sahyoun afirmou que no próximo dia 29 vai se reunir em Brasília com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e outros ministros para discutir o tema. A associação também terá encontros com a Prefeitura de São Paulo e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
'Bandos'
Os shoppings estão abertos à população, sem restrição, afirmou o presidente da Alshop. No entanto, ele disse que "bandos" não serão tolerados.
"Todas as pessoas são bem-vindas aos shoppings do Brasil, sem distinção de qualquer tipo de pessoa da sociedade brasileira.[...] Os shoppings estão abertos. Não existe restrição, não existe segregação de forma alguma", disse Sahyoun. Ele destacou que "qualquer um pode entrar".
O presidente da associação disse, no entanto, que a entidade é contra aglomeração dentro dos shoppings. "Vocês não poderão entrar em 'bando', mas individualmente todos poderão entrar.[...] Não podemos permitir que 2.000, 3.000 pessoas entrem ao mesmo tempo", enfatizou.
Prejuízos
A Alshop estima que o movimento nos estabelecimentos em dias de "rolezinhos" tenha caído pelo menos 25%, afetando o faturamento das lojas.
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