Justiça nega pedido da defesa para que pai de menino Bernardo seja liberado
A Justiça gaúcha negou na manhã desta sexta-feira (2) o pedido da defesa e manterá preso Leandro Boldrini, 38, pai do menino Bernardo, 11. A decisão foi tomada após parecer contrário do Ministério Público ao pedido do advogado para que o médico fosse libertado.
Boldrini está preso desde o dia 14, assim como sua mulher, Graciele Ugolini, 32, e a assistente social Edelvania Wirganovickz, 40. Os três são suspeitos de envolvimento no assassinato de Bernardo, no dia 4 de abril.
Segundo o juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, onde o menino morava, a revogação da prisão temporária nesse momento, "quando ainda estão em curso várias diligências investigativas, seria medida temerária e prejudicial à completa elucidação do fato".
O magistrado afirmou também que o prazo da prisão temporária ainda não se esgotou - ele terminará no dia 13, data em que o inquérito policial deve estar concluído, segundo a polícia. Até lá, a manutenção de Leandro preso é importante para o término das investigações, sugeriu Agostini.
"Estão em curso diversas diligências investigatórias ainda não concluídas pela autoridade policial, que tramitam em sigilo para não frustrar a investigação. Assim, é imprescindível aguardar o término da investigação e do prazo da prisão temporária, quando então será apreciada a existência dos requisitos para a decretação da prisão preventiva dos investigados", escreveu em seu despacho.
O MP já havia se manifestado sobre o pedido da defesa. Em seu parecer, a promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira sustentou que a ordem de prisão temporária, ao contrário do que alega a defesa de Leandro Boldrini, não foi expedida por meras suposições, desconfianças ou com base apenas nas palavras de Edelvânia.
"Longe disso, vários outros indícios apontam a perfeita ciência do pai acerca da morte do filho antes mesmo de o corpo de Bernardo ser encontrado e quando todos procuravam o menino ainda, o que o coloca dentro do rol de suspeitos", afirmou.
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