Na Câmara, MTST exige Plano Diretor e regularização de ocupação em Itaquera
Manifestantes ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizam um protesto na tarde desta quarta-feira (28) pelas ruas do centro de São Paulo. Os sem-teto se concentraram na praça da República, caminharam por avenidas do centro e agora estão em frente à Câmara Municipal, no viaduto Jacareí.
Os sem-teto pressionam os vereadores para aprovar o Plano Diretor Estratégico antes da Copa do Mundo. O projeto, que organiza o uso dos espaços da cidade, foi aprovado em primeira votação mas precisa de uma segunda votação.
Segundo o MTST, o ato reúne 5.000 pessoas. Já de acordo com a Polícia Militar, cerca de mil manifestantes participam do protesto.
O movimento também exige que a área onde está a ocupação Copa do Povo, na região de Itaquera, seja desapropriada e transformada em Zeis (Zona Especial de Interesse Social), classificação que obriga o governo a usar aquele espaço para a construção de moradias populares e outros equipamentos públicos.
A reintegração de posse do terreno foi adiada e haverá uma nova audiência em 16 de junho, com o objetivo de chegar a um acordo entre os sem-teto e a construtora Viver, proprietária do local.
Hoje, encerra o prazo para que a Câmara inclua emendas no projeto de lei do Plano Diretor. O MTST exige que a conversão da área da Copa do Povo em Zeis esteja no novo plano. Uma comissão de vereadores está reunida neste momento com líderes do movimento.
A aprovação do Plano Diretor já provocou outros protestos do movimento. No fim de abril, participantes do MTST e policiais entraram em confronto com policiais militares e guardas civis após o adiamento da votação do plano.
Sequência de protestos
O MTST vem protagonizando uma série de atos nas últimas semanas. Na quinta-feira (22), o movimento realizou um protesto que reuniu cerca de 15 mil manifestantes e fechou algumas das principais avenidas das zona oeste e sul da capital paulista. Os sem-teto também protestaram em sedes de construtoras e em frente ao Itaquerão, estádio que abrirá a Copa do Mundo.
Ontem, o MTST protestou junto com indígenas em frente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília. O ato terminou em confronto com a Polícia Militar.
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