Declaração final do G20 tem acordo entre países, mas Argentina atrapalha
Os países do G20 chegaram a um consenso sobre a declaração final da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, mas ainda há lacunas pendentes de discussão ao longo deste domingo.
Segundo apurou a coluna, o texto foi alcançado após uma intensa negociação entre os sherpas (nome dado aos negociadores-chefes de cada país) que se estendeu pela madrugada.
Temas espinhosos, no entanto, ainda são objeto de conversas bilaterais agora entre os chefes de delegação e seus próprios governos.
Um exemplo é a menção sobre a necessidade de taxação dos super ricos - um assunto que já havia sido acordado entre os ministros de Finanças do G20 em julho e que agora encontra resistências do presidente Javier Milei da Argentina.
Mas outros temas ainda estão em discussão, como o empoderamento feminino e a governança global. O maior problema é a Argentina.
A declaração conjunta deve ser assinada por todos os chefes de Estado ao final da cúpula na próxima terça-feira (19).
Em reuniões anteriores, quando Donald Trump era presidente dos Estados Unidos, ele acabava forçando o dissenso em diversos temas, como meio ambiente e questões de gênero, e impondo o formato de 19 + 1.
Milei tem funcionado nessa cúpula como uma espécie de "enviado" de Trump, que venceu a eleição americana, mas só toma posse em janeiro.
Ainda existe um temor de que a cúpula seja encerrada sem uma declaração final dada alguma divergência de última hora, mas o fato do texto ter sido alcançado reduz essa chance.
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