Publicitário que disse ter matado zelador em SP tem antecedentes criminais
O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, 47, que confessou ter matado e esquartejado o zelador Jezi Lopes Sousa, 63, em São Paulo, possui antecedentes criminais por falsa comunicação de crime, ato obsceno e abandono de incapaz, segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Martins e a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, 42, têm um filho de 11 anos. O casal está preso no 13º DP (Distrito Policial), na Casa Verde, bairro da zona norte de São Paulo onde fica o condomínio em que Jezi Sousa trabalhava.
O publicitário e sua mulher passaram por exames na madrugada desta terça-feira (3) no IML (Instituto Médico Legal). Martins deve ser transferido hoje para o 77º DP, na Santa Cecília, no centro da capital paulista. Ieda será encaminhada para o 89º DP, no Morumbi, na zona oeste.
O circuito interno do condomínio mostra que a mulher do suspeito ajudou a levar malas e sacos para o carro da família.
O advogado Roberto Guastelli, defensor de Ieda, afirmou à TV Globo que ela não sabia que havia um corpo na bagagem. Ela alega que pensava que o marido estava levando roupas para doar em uma igreja.
“Num primeiro momento, acredito que ela [Ieda] não participou do homicídio, mas sim da ocultação do cadáver”, declarou o delegado Ismael Rodrigues, responsável pela investigação do caso, à TV Globo.
Delegado diz que publicitário é dissimulado
Imagens do circuito interno do edifício mostraram Sousa pela última vez na tarde da última sexta-feira (30) quando ele usava o elevador para entregar correspondências nos apartamentos. Martins, que mora no 11º andar, disse à polícia que discutiu e brigou com o zelador naquela tarde e que a vítima morreu ao bater a cabeça no batente de uma porta.
A prisão em flagrante do publicitário foi feita nesta segunda (2) em uma casa de veraneio na Praia Grande, no litoral paulista. Ele estava queimando as vísceras da vítima. Um serrote teria sido usado no esquartejamento.
Segundo relatos do próprio publicitário e da família do zelador, Martins e Sousa discutiam com frequência por motivos banais, como a entrega de jornais e vagas na garagem do prédio.
O zelador havia registrado no livro interno de ocorrências do condomínio um relato de ameaça feita pelo publicitário.
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