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Moradores de prédio vizinho a viaduto que caiu em BH serão removidos

Moradora de um edifício próximo ao local da queda do viaduto  olha local da tragédia - Fernanda Carvalho/O Tempo/Agência O Globo
Moradora de um edifício próximo ao local da queda do viaduto olha local da tragédia Imagem: Fernanda Carvalho/O Tempo/Agência O Globo

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

23/07/2014 13h32

As 186 famílias dos condomínios Antares e Savana, vizinhas ao viaduto que desabou há 20 dias em Belo Horizonte, matando duas pessoas e ferindo 23, começaram a ser cadastradas nesta quarta-feira(23) pela prefeitura para deixarem seus apartamentos imediatamente.

Além dos condomínios, uma escola privada no entorno do elevado teve suas aulas suspensas.

A medida é consequência do relatório divulgado ontem pela Cowan, responsável pela execução das obras do viaduto, dizendo que uma segunda alça do elevado corre o risco de também desabar a qualquer momento.

Logo após a divulgação do relatório, a Cowan enviou correspondência para o prefeito Márcio Lacerda (PSB) sugerindo a "demolição imediata" desta alça.

As famílias serão encaminhadas para hotéis, podendo retirar de casa somente pertences pessoais como roupas, sapatos e aparelhos eletrônicos. Famílias com crianças e com deficientes físicos terão prioridade para ficar na região.

A prefeitura informou que os moradores terão ainda apoio de transporte, alimentação e lavanderia, mas não detalhou como será operado esse apoio.

O cadastramento das famílias está sendo feito pela Defesa Civil do município. O órgão não deu prazo para o término da operação de retirada dos moradores.

A Cowan será responsável com os gastos para acomodar os moradores em hotéis da região. Além disso, a empresa também será responsável pelo aluguel de um prédio na região para abrigar a escola.

Psicólogas e assistentes sociais da prefeitura vão apoiar o trabalho da Defesa Civil na remoção das famílias e evacuação dos prédios. Os moradores que optarem por ficar na casa de parentes terão o transporte fornecido pela prefeitura.

Discordância

Embora a Cowan, com o relatório apontando a risco de queda da segunda alça, tenha sugerido a sua demolição, a Consol, empresa responsável pelo projeto do elevado, criticou a iniciativa.

A empresa defendeu a preservação da área até que a perícia técnica que é realizada pela PC (Polícia Civil) de Minas Gerais conclua suas investigações para apurar as causas do desabamento.