Topo

Com seca, cães ficam até 2 meses sem banho; veja dicas

Luciana Pioto

Do UOL, em São Paulo

12/11/2014 06h00

A crise hídrica que atinge São Paulo faz a população adotar diferentes medidas para economizar água. Preocupados com estiagem, alguns donos de cachorros resolveram diminuir a frequência de banhos de seus animais de estimação.

O empresário Roberto Serson, que costuma dar banhos mensais em seu border collie Léo, conseguiu deixar o pet longe do chuveiro por dois meses. Em um banho de cinco minutos de duração, Serson utiliza medidas simples para economizar água, como fechar a torneira durante o ensaboamento.

O veterinário do serviço de dermatologia do Hospital Veterinário da USP (Universidade de São Paulo) Carlos Eduardo Larsson Júnior afirma que o intervalo entre os banhos de animais suadáveis varia de acordo com o comprimento do pelo e a exposição dele à sujeira e a ambientes externos.

Segundo ele, animais saudáveis devem tomar banhos no máximo uma vez por semana. 

Raças que têm o pelo denso, como border collie ou o pastor alemão, podem permanecer sem banho pelo período de um mês sem qualquer prejuízo à saúde. Para as raças de pelo curto, esse período pode ser de até três semanas, afirma o veterinário.

No caso dos gatos, pelo estresse gerado durante o banho, a frequência recomendada é semestral ou anual. Larsson Júnior reconhece que alguns donos nunca dão banho nos felinos, mas não considera isso preocupante devido à capacidade que estes animais têm de se higienizar.

Para o banho feito em casa, o veterinário recomenda alguns cuidados, como a proteção dos ouvidos dos animais, e o uso de água em temperatura ambiente ou morna. Se o dono optar por lavar o rosto do animal, deve ter muita atenção para não deixar a espuma entrar em contato com a região dos olhos.

A secagem também deve ser feita de forma atenta, pois deixar umidade no pelo do animal pode provocar fungos e doenças de pele.

Para manter o cachorro limpo sem gastar água, algumas pessoas adotaram o banho seco. A prática, que não exige enxágue, consiste na aplicação de um produto químico sobre corpo do animal com um pano.

Segundo Larsson Júnior, o método não pode ser substituído pelo banho convencional, por não ser eficiente na remoção da sujeira e das células mortas que ficam retidos sob os pelos do pet.

Para evitar o desperdício durante o banho, o veterinário recomenda a diluição do shampoo em um pequeno recipiente com água, para facilitar a remoção do produto com uma menor quantidade de água.