Novo protesto em SP pede anulação da eleição ou impeachment de Dilma
Manifestantes insatisfeitos com a vitória de Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB) farão novo protesto em São Paulo para pedir a anulação das eleições e o impeachment da presidente eleita.
O ato será realizado às 14h deste sábado (15), na avenida Paulista, mesmo local de um protesto semelhante ocorrido em 1º de novembro.
Naquela ocasião, cerca de 2.500 pessoas participaram do protesto, segundo estimativa da Polícia Militar. Além do impeachment de Dilma, parte dos presentes defendeu um golpe militar para retirar Dilma do poder.
Entre os presentes estavam o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) --filho do também deputado Jair Bolsonaro--, que compareceu armado ao ato, e o cantor Lobão, crítico do governo petista.
A exemplo do protesto do início do mês, o ato de hoje foi convocado pelas redes sociais. Na página do protesto no Facebook, 148 mil pessoas haviam confirmado participação até 20h de ontem (13). A página foi criada pelo grupo virtual “Revoltados Online”, cujo líder é Marcello Reis. Para financiar o movimento, ele pede que os apoiadores façam depósitos em uma conta corrente em seu nome ou então façam doações via cartão de crédito no blog do grupo.
Os responsáveis pela página afirmam que as eleições foram fraudadas: “milhares de denúncias de fraudes das urnas eletrônicas aonde (sic) você é o palhaço! O circo já estava armado e nós, os palhaços, votando aflitos para saber um resultado fraudado que já suspeitávamos... Que tristeza".
O protesto ocorre um dia depois da prisão de vários de diretores e presidentes das principais empreiteiras do país que são suspeitos de participar do esquema de desvios na Petrobras.
Esquerda versus direita
Na quinta-feira (13), diversas organizações de esquerda, entre elas o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) fizeram um protesto em resposta à manifestações pela derrubada do governo. Segundo a PM, cerca de 12 mil pessoas foram ao protesto.
No ato, os manifestantes defenderam a realização de uma série de reformas populares, entre elas a política --por meio de uma constituinte e de um plebiscito--, a urbana, a agrária e a tributária. Os presentes também defenderam a democratização da comunicação e a desmilitarização da polícia.
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