Topo

Ação contra tráfico de drogas busca prender 31 suspeitos no RJ, SP e MG

Do UOL, no Rio

15/04/2015 10h15

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 16 pessoas na manhã desta quarta-feira (15), todas denunciadas por crimes como tráfico de drogas e formação de quadrilha, durante operação realizada em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público. Entre os denunciados, há quatro policiais civis e dois PMs. Os seis ainda estão foragidos.

A ação, batizada Adren, conta com 40 mandados de prisão expedidos pela Justiça, mas nove pessoas já tinham sido detidas anteriormente. Segundo informações do Ministério Público, o grupo atuava na região metropolitana do Rio e no sul fluminense, além de São Paulo (capital e interior) e do interior de Minas Gerais. A operação também autoriza o sequestro de bens e valores de todos os denunciados.

As investigações começaram em 2004. De acordo com a denúncia do MP, uma parte da quadrilha buscava a droga em São Paulo e negociava com criminosos ligados à facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Posteriormente, o material era destinado a traficantes da região sul fluminense, que ficavam responsáveis pela distribuição e pela venda de entorpecentes no Estado do Rio.

Os policiais civis Guilherme Dias Coelho, o Guilherminho, Pablo Bafa Feijolo e Clodoaldo Antônio Pereira, em parceria com traficantes, e por vezes com o apoio do também policial civil Ricardo Wilke, destacavam-se na quadrilha.

Eles "transportavam, guardavam e mantinham entorpecentes em depósito, para fins de tráfico e sem autorização legal", de acordo com o Ministério Público. Toda a droga era revendida por traficantes, que dividiam os lucros com os policiais. Por vezes, parte de entorpecentes apreendidos em operações da polícia também era passada aos traficantes para revenda.

Extorsão a traficantes

Na denúncia, consta ainda que os policiais civis se aliaram ao policial militar Hugo Leonardo Guerra e ao PM reformado Gilson "Macarrão" com o objetivo de extorquir traficantes e cometer outros crimes patrimoniais contra traficantes da região.

O MP informou que os policiais investigavam criminosos da região a partir de dados fornecidos por integrantes da própria quadrilha. Quando encontrados, eram extorquidos para que não fossem presos. Em alguns casos, também eram sequestrados e tinham objetos como carros, eletrodomésticos e joias roubados. A devolução de parte desses pertences também era negociada pelo bando.