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Depois de protesto de duas horas, ônibus voltam a circular em São Paulo

Do UOL, em São Paulo

12/05/2015 12h12Atualizada em 12/05/2015 16h14

Depois de duas horas de paralisação, os ônibus voltaram a circular na cidade de São Paulo na tarde desta terça-feira (12). De acordo com a SPTrans, empresa municipal responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo, todos os terminais foram reabertos até as 12h30.

Marcada para ter início às 10h, a paralisação começou 15 minutos antes no terminal Dom Pedro 2º, na região central. Aos poucos, todos os terminais foram bloqueados, e motoristas também estacionaram os veículos em vias com a avenida Nove de Julho. A circulação de linhas intermunicipais acabou prejudicada.

O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) decidiu fazer a paralisação de duas horas em protesto contra a proposta de reajuste salarial das empresas de ônibus, que ficou muito abaixo da esperada pela categoria. "A manifestação é um repúdio à proposta apresentada pelos patrões, que já foi reprovada pela categoria", afirmou o presidente do sindicato, Valdevan Noventa.

Os profissionais pediram reajuste de 20% para este ano, mas receberam uma contraproposta de 7,21%. Outras reivindicações são a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 2.000, contra os R$ 600 oferecidos pelas empresas; um aumento maior no vale-alimentação, que subiu de R$ 16,50 para apenas R$ 17,89; e a adição de adicional de insalubridade de R$ 78,80. 

Caso não haja avanço nas negociações, haverá uma nova assembleia na quinta-feira (14) para decidir por um movimento maior de paralisação. Atualmente, o Sindmotoristas representa 43 mil trabalhadores. 

Se você passou por dificuldades para chegar ao seu destino usando o transporte público no período previsto pela paralisação desta terça, envie o seu relato ou foto para o UOL via WhatsApp, pelo telefone (11) 97500-1925.

Outro lado

O presidente da SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), Francisco Christovam, afirmou à rádio CBN que o protesto foi "intempestivo" e "inoportuno".

"Não tinha necessidade [de realização da manifestação]. Há um processo de negociação salarial em curso". Ele declarou que espera chegar a um acordo salarial com os trabalhadores do setor.

A SPTrans estima que 675 mil pessoas tenham sido prejudicadas e afirmou por meio de nota que “reitera a necessidade do restabelecimento de diálogo entre trabalhadores e empresários que operam o sistema de transporte coletivo”.

Outro protesto

Outra manifestação de trabalhadores do setor de transportes foi realizada no centro de São Paulo nesta terça. Funcionários da Reserva Técnica Operacional da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), de micro-ônibus intermunicipais de São Paulo, bloquearam duas faixas da rua Boa Vista, em frente à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo.

Eles protestam contra uma medida judicial que impede a circulação desses veículos na região da Bacia de Juqueri (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã). (Com Estadão Conteúdo)