Helicóptero da PM cai e deixa quatro militares mortos em Maceió
Quatro militares do GOA (Grupo de Operações Aéreas de Alagoas) da Polícia Militar de Alagoas morreram durante a queda de um helicóptero ocorrida no bairro Tabuleiro do Martins, parte alta de Maceió, no fim da manhã desta quarta-feira (23). Após bater em fios de alta tensão, a aeronave bateu no solo e explodiu. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas e o incêndio já foi controlado.
A queda ocorreu próximo ao aeroclube de Maceió e, pela posição que a aeronave bateu no solo, tudo indica que o piloto desviou de diversas casas, pois a área faz parte do conjunto habitacional Santa Lúcia.
Segundo testemunhas, a aeronave explodiu ao cair no solo e os quatro militares não conseguiram sair. Um carro que estava estacionado próximo ao local também pegou fogo, mas não feriu ninguém.
“Ele chegou a ficar vivo, pediu socorro, mas o fogo estava muito alto e ninguém conseguiu chegar perto. Um homem até tentou, queimou a mão, mas não conseguiu”, disse uma testemunha que bebia em um bar em frente ao local da queda. "O helicóptero já veio de lado e caiu rapidamente. Ele bateu na fiação de alta tensão, caiu e pegou fogo", contou o mecânico Manoel Messias, que viu o acidente.
As quatro vítimas já foram identificadas: o piloto, capitão Mario Henrique Assunção Capassu; o copiloto, major Milton Carnaúba; e os soldados Diogo de Melo e Moura. O piloto e os soldados pertenciam ao Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Já o copiloto era do Corpo de Bombeiros. A Aeronáutica já foi acionada para fazer a perícia dos destroços do helicóptero.
A aeronave usada pelos militares foi fabricada em 1992 e era um modelo BELL Long Ranger III, prefixo PP-ELA. Segundo o coronel André Alessandro de Oliveira, coordenador do GOA, ela estava com revisões em dia e os pilotos habilitados. "Não havia qualquer problema, todas as manutenções feitas. Apesar de antiga, a aeronave tinha totais condições de voo, é normal uma aeronave ter 20, 30 anos", afirmou.
O helicóptero costumava ser utilizado pelo governador do Estado, Renan Filho (PMDB), e foi cedido, no início do ano, para a SSP (Secretaria de Segurança Pública). A aeronave usada pelos militares foi fabricada em 1992 e, segundo a SSP, estava com revisões em dia e os pilotos habilitados.
“Estamos aqui para colocar o que for possível do Estado à disposição das familiares para superar essa tragédia. O helicóptero fazia patrulhamento, saiu do aeroporto e teve a pane. Antes de explodir, bateu na rede de fiação de alta tensão”, disse o governador, que foi ao local.
O secretário de Segurança Pública também esteve no local e, emocionado, garantiu que a aeronave não tinha qualquer problema. “Era uma das coisas que não abríamos mão. Tudo que a aeronave precisava, demos. Coloco até meu cargo à disposição quantas vezes for se houve algo diferente”, afirmou, chorando. A prefeitura de Maceió informou que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) vai decretar luto oficial de três dias no Diário Oficial do Município.
Histórico
Esta não é a primeira vez que ocorre acidente com aeronaves a serviço do Estado de Alagoas. Em 2009, um helicóptero doado pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) para a Seds (Secretaria de Estado da Defesa Social) caiu sobre o muro de uma casa no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió. Neste acidente, a aeronave era também pilotada pelo capitão Mario Henrique Assunção Capassu, morto nesta quarta-feira. Ele estava com outro militar e tiveram ferimentos leves.
Em 2006, um helicóptero usado pelo Corpo de Bombeiros, alugado pela Seds, caiu na lagoa Manguaba, próximo à cidade de Marechal Deodoro (região metropolitana de Maceió). A aeronave estava resgatando uma criança com traumatismo craniano, vítima de colisão no município de Anadia, região Agreste. Ninguém se feriu e os bombeiros conseguiram retirar a maca que a menina estava disposta a tempo do helicóptero ficar submerso.
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