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Contador rebate acusação e diz que ex-capelão da PM sugeriu 'esquema'

Do UOL, em São Paulo

09/10/2015 22h14

A sugestão para desviar dinheiro da igreja partiu do ex-capelão da Polícia Militar de São Paulo Oswaldo Palópito, que também é padre e ex-tenente-coronel da corporação. A declaração é do contador Edson Moreira Costa, que trabalhava com o padre e foi acusado por este de ser o responsável pelo desvio de pelo menos R$ 2 milhões em dinheiro de dízimos.

Oswaldo Palópito é suspeito de improbidade administrativa e práticas de crimes militares, de acordo com o Ministério Público Militar. Ele é suspeito de enriquecimento ilícito, entre outras acusações

O padre ficou preso por quatro meses e atualmente responde o processo militar em liberdade. O programa SBT Brasil, do SBT, teve acesso a um vídeo gravado durante um depoimento de duas horas de Palópito ao Ministério Público Militar, além de declarações de outras testemunhas.

O contador Costa revelou que ia pessoalmente sacar o dinheiro de contas bancárias para entregá-lo ao padre. O Ministério Público afirma que o padre tinha rendimentos que não ultrapassavam R$ 10 mil mensais, que seriam insuficientes para comprar carros importados, um apartamento de R$ 2 milhões no litoral norte de São Paulo e montar um empório.

Não bastasse isso, as investigações revelaram que o padre mantinha um relacionamento de longa data com uma mulher, além de se encontrar com amantes em motéis de São Paulo. O SBT Brasil e a reportagem do UOL não conseguiram localizar o padre Oswaldo Palópito para comentar as acusações.