"Melhor a certeza de sua morte à incerteza de não vê-lo mais", diz moradora
A técnica de segurança Ana Paula Alexandre, 40, tem passado por uma angústia constante desde o rompimento das barragens em Mariana (MG) na quinta-feira (5).
Seu marido, o operador de escavadeira Edinaldo Oliveira de Assis, 40, é um dos funcionários da empresa Integral, que trabalhava na obra da Samarco para o aumento das barragens quando o acidente aconteceu. Todo dia, ela passa pelo centro montado para busca de desaparecidos em Mariana (MG) para checar se ele foi encontrado.
“É melhor ter certeza de que ele está morto, do que a incerteza de que nunca mais vou vê-lo”, disse Ana Paula. “Já me disseram que se ele estiver a 8 metros de profundidade, eles não vou procura-lo”.
O Corpo de Bombeiros estima que em algumas áreas a lama acumulada chega a 15 metros de altura.
Ana Paula e Edinaldo não têm filhos, mas ele tem quatros de um relacionamento anterior. Dois deles, que moram em Montes Claros (MG), estiveram em Mariana (MG) para conseguir informações sobre o pai, mas voltaram para casa sem nenhuma posição concreta.
“Tudo isso é muito angustiante”, disse Ana Paula.
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