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PF prende 10 PMs integrantes de grupo de extermínio no RN

Agentes da Polícia Federal durante operação que desarticulou grupo de extermínio com participação de PMs no Rio Grande do Norte - Divulgação/Polícia Federal
Agentes da Polícia Federal durante operação que desarticulou grupo de extermínio com participação de PMs no Rio Grande do Norte Imagem: Divulgação/Polícia Federal

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

08/12/2015 13h05

Onze pessoas foram presas em Natal, nesta terça-feira (8), acusadas de participarem de grupo de extermínio que atuava na capital e região metropolitana. Dentre os presos, dez são PMs (Policiais Militares), que usavam a estrutura da polícia para praticar cometer assassinatos, em sua maioria, a mando de traficantes, segundo informou o MPE (Ministério Público Estadual).

Segundo a polícia, o grupo é suspeito de assassinar pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2011 e 2015. 
 
A polícia disse que os assassinatos eram encomendados e motivados por vingança, com pagamentos de grande quantidade de dinheiro. A maioria das vítimas estava endividada com traficantes.

As investigações apontaram que o grupo de extermínio ainda cometia outros crimes, como comércio ilegal de armas de fogo e munições, extorsão, invasão de domicílio e tortura.

Durante sete meses, a PF e o MPE (Ministério Público Estadual), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a 10ª Promotoria de Justiça de Natal, trabalharam em conjunto para mapear as ações criminosas do grupo.

Foram expedidos 15 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão. Onze pessoas foram presas e uma outra que havia mandado de prisão em desfavor nesta operação já estava no sistema prisional do RN. Três pessoas estão foragidas. Os nomes dos presos não foram divulgados.
 
A operação apreendeu 12 armas de fogo, cerca de 10 mil munições e R$ 15 mil. 165 policiais federais atuaram na operação, chamada de Thanatus', da mitologia grega e significa a "personificação da morte". 
 

 Além da PF, homens do BPChoque (Batalhão de  Polícia de Choque) e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) participam da operação.

A PM ainda não se pronunciou sobre o envolvimento de militares da corporação acusados de participarem do grupo de extermínio.