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Crise faz Pezão pedir médicos militares para suprir caos em hospitais no RJ

Médicos e alunos fazem protesto em frente à Uerj para reclamar das condições de trabalho no Hupe (Hospital Universitário Pedro Ernesto), no início de dezembro - Hanrrikson de Andrade/UOL
Médicos e alunos fazem protesto em frente à Uerj para reclamar das condições de trabalho no Hupe (Hospital Universitário Pedro Ernesto), no início de dezembro Imagem: Hanrrikson de Andrade/UOL

Do UOL, no Rio

17/12/2015 12h59

Em meio à crise financeira que prejudica o funcionamento de serviços públicos no Rio de Janeiro, o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), após sugestão do secretário municipal de Saúde da capital, Daniel Soranz, pediu ao Ministério da Defesa o envio de médicos e enfermeiros militares para reforçar o atendimento em unidades de saúde no território fluminense.

A solicitação ainda não foi analisada e respondida pelo ministro Aldo Rebelo (PC do B). A assessoria de Pezão explicou que a demanda foi apresentada em uma conversa por telefone entre ele e Rebelo, na quarta-feira (16), e a informação foi confirmada pela assessoria do Ministério da Defesa.

O órgão federal informou, em nota, que "aguarda solicitação formal do pedido de ajuda para que possa estudar a possibilidade do emprego da Marinha, do Exército e/ou da Aeronáutica."

Já a a Secretaria de Estado de Saúde do Rio foi procurada pela reportagem do UOL, mas a assessoria da pasta informou que não se pronunciaria sobre o assunto.

Pezão também deve pedir ajuda a instituições militares do Rio, como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que possuem profissionais de saúde em seus quadros.

Nas últimas semanas, médicos, enfermeiros e trabalhadores terceirizados têm organizado protestos por causa do atraso no pagamento de salários e pela carência de suprimentos fundamentais para o atendimento de saúde.

Há casos graves como o do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel (zona norte do Rio), onde existem relatos de acúmulo de lixo; e o do hospital Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste), que paralisou serviços como radiologia e tomografia.

O Executivo afirma reconhecer os problemas relacionados à crise financeira no Estado. De acordo com a secretaria, a situação só deverá se normalizar mediante repasses do Fundo Estadual de Saúde.