Topo

Chegada do verão lota praias do Rio; conheça as mais limpas e as mais sujas

Recreio teve 100% de eficiência nos testes realizados entre setembro e novembro - Júlio César Guimarães/UOL
Recreio teve 100% de eficiência nos testes realizados entre setembro e novembro Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

21/12/2015 06h00

Praias lotadas no Rio são cenas que se repetem durante todo o ano. A partir desta segunda-feira (21), com o início do verão, no entanto, há um aumento visível no número de banhistas e, consequentemente, maior preocupação com as condições da água do mar.

Com base em informações do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), a reportagem do UOL elaborou duas listas que apontam as cinco melhores e as cinco piores praias em relação à qualidade da água. Os destaques positivos são Recreio e Prainha, ambas na zona oeste do município. Já a praia de Botafogo, imprópria para banho há pelo menos sete anos, é a principal a ser evitada.

Para chegar aos rankings, foram analisados os testes realizados pelo Inea entre setembro e novembro. No total, foram quase 2.000 amostras coletadas, o que representa cerca de 29 por cada trecho verificado. Os resultados finais são formados pelas praias com maior a quantidade de análises positivas em relação ao total de testes realizados.

As melhores

1. Recreio dos Bandeirantes

A praia do Recreio, na zona oeste carioca, é a que mais vezes esteve própria para banho no período entre setembro e novembro deste ano, segundo análise dos relatórios de balneabilidade do Inea. Foram 87 amostras coletadas em três diferentes trechos da praia e eficiência de 100%. Os pontos de coleta são: em frente à rua Manuel Jorge Lydia e nos cantos direito e esquerdo da reserva biológica de Marapendi.

2. Prainha

A Prainha, localizada entre os bairros do Recreio dos Bandeirantes e de Grumari, na zona oeste carioca, também obteve 100% de eficiência nos testes feitos pelo Inea entre setembro e novembro. No período, foram 29 amostras coletadas, todas no centro da praia.

3. Copacabana

A badalada praia de Copacabana, na zona sul carioca, obteve o terceiro melhor aproveitamento no monitoramento de balneabilidade feito pelo Inea. Entre setembro e novembro, foram 116 amostras coletadas em quatro diferentes trechos da praia, e apenas três delas sinalizaram que não havia condições próprias para banho (97,4% de eficiência). Os trechos analisados são: em frente à rua Souza Lima, em frente à rua Francisco Otaviano, em frente à rua Santa Clara e em frente à rua República do Peru.

4. Grumari

Grumari, na zona oeste, vizinha ao Recreio dos Bandeirantes, é a quarta praia que mais esteve em condições adequadas para banho no período entre setembro e novembro deste ano, de acordo com os relatórios do Inea. Das 58 amostras coletadas, 56 atestaram a balneabilidade em dois trechos analisados: no canto direito e e no canto esquerdo da praia. A eficiência foi de 96,6%.

5. Praia Vermelha

Na praia Vermelha, na Urca, zona sul carioca, apenas duas das 29 amostras coletadas no período entre setembro e novembro deste ano apontaram que ela não estava própria para banho (eficiência de 93,1%). Os testes são realizados no centro da praia.

As piores

1. Botafogo

A praia de Botafogo, zona sul carioca, é a principal a ser evitada no Rio. Ela está imprópria há pelo menos sete anos, sendo muito raro testemunhar a presença de banhistas no local. As 58 amostras coletadas nos dois trechos escolhidos pelo Inea (em frente à rua Marquês de Olinda e em frente à comporta de Botafogo) indicaram condições inapropriadas de balneabilidade (100%).

2. Urca

A praia da Urca, situada na extremidade do bairro, na região próxima à famosa mureta e ao antigo cassino, também é historicamente imprópria para o lazer de banhistas. No período entre setembro e novembro, 26 das 29 amostras coletadas indicavam condições inadequadas (89,7%). Isso significa dizer que, em três meses, a praia da Urca foi considerada própria ao banho em apenas três dias. Apesar da fama de poluída, é comum ver banhistas se arriscando no mar.

3. São Conrado

A praia de São Conrado, na zona sul, é outra que tem fama de poluída. Mas não se trata de fama apenas. Segundo relatórios do Inea, das 58 amostras coletadas em dois diferentes trechos, 52 indicavam que ela estava imprópria para banho (89,7%). A maioria das pessoas que buscam lazer na região costuma aproveitar a beleza da paisagem para pedalar na ciclovia ou fazer uma caminhada. Não é comum ver banhistas na região.

4. Flamengo

A praia do Flamengo, na zona sul carioca, é menos poluída do que a vizinha, Botafogo, mas ainda assim esteve imprópria para banho em 50 das 58 amostras coletadas pelo Inea entre setembro e novembro (86,2%). Os trechos analisados são: o canto direito da praia, nas proximidades da foz do rio Carioca, e em frente à rua Corrêa Dutra. Apesar da fama negativa, é comum ver banhistas na praia do Flamengo, principalmente moradores do bairro.

5. Leblon

Por conta da grande quantidade de esgoto despejado no mar, a praia do Leblon, um dos cartões postais da cidade, foi a quinta com pior aproveitamento nos relatórios do Inea. Entre setembro e novembro, das 87 amostras coletadas, 57 indicavam que não havia condições adequadas para o banho (65,5%). A praia, no entanto, é muito frequentada por moradores e turistas. Os banhistas costumam evitar pontos críticos, onde a entrada no mar é desaconselhada. Os trechos de coleta são: em frente à rua Afrânio de Melo Franco, em frente à rua Rita Ludolf e em frente à rua Bartolomeu Mitre.