PM prende 17 pessoas durante protesto contra tarifa em São Paulo, diz SSP
A SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) informou na noite desta sexta-feira (8) que 17 pessoas foram detidas "por práticas criminosas" durante a manifestação no centro de São Paulo contra o aumento das tarifas de transporte coletivo.
"Durante a passeata, criminosos infiltrados, armados com escudos, paus, rojões e outros instrumentos, passaram a praticar agressões, vandalismo e danificar propriedade pública e privada, inclusive atirando pedras contra policiais", afirmou a nota divulgada no site da SSP. Ainda de acordo com a secretaria, três PMs foram feridos "por pedras atiradas por black blocs".
Na avaliação do MPL (Movimento Passe Livre), que organizou a manifestação, a violência foi resultado da ação da Polícia Militar. "A manifestação estava pacífica quando chegou à avenida de 23 de maio. O ataque partiu da Polícia Militar. Os atos de depredação aconteceram após ação da PM", afirma a porta-voz do MPL, Laura Viana.
Três agências bancárias foram danificadas, sendo duas do Banco do Brasil, localizadas na rua Xavier de Toledo. Um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um da SPTrans e duas viaturas da PM foram depredados. Pelo menos dois ônibus foram danificados por pedras nas imediações da Praça Roosevelt. "Foi um susto muito grande, eu não entendi muito bem o que estava acontecendo. Só vi as pedras quebrando os vidros", disse o motorista de ônibus Alexandre Cazuza, 42, que trafega pela linha Butantã - Terminal Parque Dom Pedro.
O protesto começou no início da noite com saída do Theatro Municipal no entorno da Praça Ramos. O primeiro e principal confronto aconteceu por volta das 19h, quando os manifestantes seguiram pelo início da avenida 23 de maio, sentido bairro. Um grupo de black blocs decidiu pular para o sentido contrário da avenida. A Polícia Militar soltou, então, bombas de gás lacrimogênio. Os black blocks jogaram pedras contra os PMS.
A partir desse momento, os confrontos se intensificaram também em outras áreas do centro. Na avenida Amaral Gurgel, um ônibus foi depredado. Várias linhas foram desviadas. Na rua Xavier de Toledo, manifestantes atearam fogo em sacos de lixo, fazendo barricadas para fechar o trânsito, e quebraram os vidros de duas agências do Banco do Brasil. Várias lojas fecharam suas portas.
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