Policiais mortos no Rio de Janeiro eram considerados pilotos experientes
Mortos na queda do helicóptero da Polícia Militar no início da noite de sábado (19) na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, o major Rogério Melo Costa, 36, e o capitão Willian de Freitas Schorcht, 37, eram pilotos experientes, segundo conhecido. Os dois fizeram o curso de formação em 2012 e estavam lotados no GAM (Grupamento Aeromóvel) da PM.
“Eles tinham muitas horas de voo e capacidade para realizar aquele tipo de missão. Estavam acostumados a sobrevoar comunidades. É lamentável o que aconteceu”, disse um colega de turma na Escola de Aviação da Polícia Militar.
Em nota, a PM afirmou que Costa tinha 17 anos de serviços prestados na polícia e Schorcht, 15. Segundo o colega, ambos passaram no processo seletivo para a formação em pilotagem em 2012. Primeiro, assistiram um curso teórico oferecido pela própria corporação. Depois foram para Contagem, em Minas Gerais, onde fizeram aulas práticas.
“O Grupamento Aeromóvel dava apenas formação teórica pois na época pois a Polícia Militar não tinha helicóptero de instrução. Então a PM licitou uma escola para formação prática, a Efai, em Minas Gerais. Os dois foram muito bem nos cursos e desde então sempre estiveram no GAM”, explicou o piloto da polícia do Rio.
As outras duas vítimas do acidente, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39, e o sargento Rogério Felix Rainha, 39, eram tripulantes da aeronave. Eles faziam imagens aéreas e davam apoio aos pilotos.
Barbosa e Felix, como tripulantes, tinham atribuição de alertar os pilotos de algum perigo, como a presença de pessoas estranhas, de uma ave ou rede de alta tensão. Ambos seguiam armados para a eventualidade de precisar fazer algum disparo.
Os corpos chegaram no início da madrugada ao Instituto Médico-Legal. O corpo do capitão capitão Willian de Freitas Schorcht será velado em Resende, na região sul fluminense, onde vive sua família. Os outros três policiais estão sendo velados neste domingo, coletivamente, na sede do Batalhão de Choque, no centro do Rio.
Operação por tempo intederminado
Moradores da Cidade de Deus relatam, nas redes sociais, as mortes de seis pessoas na comunidade nesta madrugada. A Polícia Militar não confirma. Neste domingo (20) a PM segue com a operação no local, por tempo indeterminado. A comunidade amanheceu com ruas interditadas e forte presença de policiais.
Não há relatos de tiroteios na manhã deste domingo, mas o clima segue tenso. Os policiais estão com apoio de carros blindados e helicóptero. A Estrada Miguel Salazar e a Avenida Edgard Werneck, as principais da favela, estão com o tráfego de veículos interrompido.
Além do cerco a traficantes e milicianos que atuam na Cidade de Deus, o aparato policial dá proteção para os peritos da Divisão de Homicídios, que realizam perícia no local da queda do avião nesta manhã.
O helicóptero também foi periciado por agentes do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), do Comando da Aeronáutica, na noite de sábado.
Na madrugada de domingo, os policiais prenderam um homem e apreenderam três fuzis e duas pistolas. As equipes do 18º Batalhão da PM e da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Cidade de Deus estão com reforço de agentes do Comando de Operações Especiais.
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