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Chega a 99 total de PMs assassinados neste ano no Rio

Márcia Foletto/Agência O Globo
Imagem: Márcia Foletto/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

24/08/2017 15h13Atualizada em 24/08/2017 15h29

A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou a morte de mais um policial no começo da tarde desta quinta-feira (24). Ao todo, 99 PMs foram assassinados em decorrência de violência no Estado fluminense neste ano.

Equipes do 7º BPM (São Gonçalo) foram acionadas após o crime no bairro Porto da Madama, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Os agentes encontraram um policial militar ferido por disparos de arma de fogo na frente de sua casa.

O PM foi levado para o PSSG (Pronto-Socorro de São Gonçalo), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A identidade da vítima não foi revelada.

Em média, um PM foi vítima de morte violenta a cada três dias no ano. A escalada da violência contra policiais acontece em meio à crise financeira do Estado e da política de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), principal programa de segurança pública do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Mudanças nas UPPs

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, anunciou há dois dias uma reestruturação do programa das UPPs. Segundo ele, após um diagnóstico de todas as unidades do programa, cerca de 3.000 policiais (33% do efetivo do programa) serão realocados para o policiamento da capital e região metropolitana e as UPPs passam a ser subordinadas aos batalhões. Os agentes que serão redistribuídos atuam em setores administrativos.

"Todas as UPPs serão mantidas na sua essência. Vamos continuar presentes cumprindo nosso papel, melhorando nossos serviços. Com esse diagnóstico, vai ser possível colocar nas ruas do Rio de Janeiro 3.000 policiais sem que isso modifique as atividades fins das UPPs. As UPPs passam a ser subordinadas aos batalhões", afirmou Sá.

Também será criado um batalhão de polícia pacificadora, abrangendo o bairro da Penha e o Complexo do Alemão. Segundo ele, a presença da PM será mantida em todas as UPPs, mas com o que chamou de efetivo essencial. "É o possível para o momento que nós vivemos", afirmou Sá, ao comentar as mudanças.

De acordo com o comandante geral da PM, Wolney Dias, o fato de boa parte do efetivo ser redistribuído para a Baixada Fluminense e região metropolitana se deve a uma avaliação da Secretaria de Segurança de que 86,5% da criminalidade se concentra nessa região.

Dos 3.000 PMs a serem redistribuídos, 1.100 atuarão na capital, 900 na Baixada Fluminense, 550 nas cidades de São Gonçalo, Niterói e Itaboraí (região metropolitana), 300 no BPVE (Batalhão Policial de Vias Expressas) e 150 no BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas).