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Temer diz estar consternado com tragédia em escola de Goiás: "Força!"

20.out.2017 - Dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros na escola particular em Goiânia - Cristiano Borges/O Popular/Estadão Conteúdo
20.out.2017 - Dois estudantes foram mortos e outros quatro ficaram feridos em um atentado a tiros na escola particular em Goiânia Imagem: Cristiano Borges/O Popular/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

20/10/2017 16h30

O presidente Michel Temer (PMDB) prestou solidariedade às famílias das vítimas do ataque a tiros numa escola de Goiânia nesta sexta-feira (20), em uma mensagem no Twitter. "Como todo brasileiro, estou consternado com a tragédia na escola de Goiânia. Minha solidariedade às famílias. Força!”, escreveu o presidente.

Um estudante de 14 anos abriu fogo contra os colegas deixando duas crianças mortas e outras quatro feridas. De acordo com o porta-vos da Polícia Militar de Goiás, o atirador é filho de policiais militares e usou uma arma da corporação. Dois adolescentes morreram e outros quatro ficaram feridos após o garoto sacar uma pistola calibre .40 dentro do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera.

As duas vítimas morreram na hora, dentro da escola. O crime aconteceu por volta das 11h40; antes do meio-dia, uma professora ligou para o Corpo de Bombeiros para pedir ajuda.

Segundo a PM, o adolescente abriu fogo dentro da sala de aula em que estuda. Luiz Gonzaga, delegado titular da Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais), disse, porém, que não tem detalhes de como o crime foi praticado, ou seja, se o rapaz estava na sala de aula e sacou a arma ou se ele entrou já com a pistola em mãos. “Vamos ouvir os policiais que atenderam a ocorrência e as testemunhas”, diz Gonzaga.

Em discurso na tarde desta sexta, em uma solenidade no município de Palotina (PR), Temer não mencionou o atentado a tiros na escola de Goiânia.

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O atirador é estudante do 8º ano da escola, de acordo com a PM. Ele foi apreendido por policiais militares e levado para a Depai, responsável pela investigação e apreensão de adolescentes, também em Goiânia. Ele está acompanhado pelos pais e já passou pelo exame de corpo de delito.

O pai do adolescente deve prestar esclarecimentos à corregedoria da Polícia Militar sobre como o filho teve acesso à arma. O delegado afirmou que a coordenadora e a professora do colégio serão levadas para depor na delegacia.

20.out.2017 - Movimento no Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, bairro de classe média de Goiânia (GO), que registrou um tiroteio dentro de uma sala de aula - Marcello Dantas/O Popular/Estadão Conteúdo - Marcello Dantas/O Popular/Estadão Conteúdo
Movimento no colégio Goyases, em Goiânia, após ataque de estudante contra colegas
Imagem: Marcello Dantas/O Popular/Estadão Conteúdo

“Todos estão apavorados e sentidos com a tragédia. Até o momento, eles [a escola] não se manifestaram sobre os fatos. A coordenadora e a professora serão encaminhadas como testemunha à delegacia. Preferimos esperar elas se acalmarem e estamos encaminhando as duas”, declarou o delegado em entrevista à BandNews FM.

“[O jovem] ficará apreendido na delegacia e será apresentado ao Ministério Público, que vai deliberar sobre a internação”, disse entrevista à BandNews FM.

Em entrevista à rádio CBN, o empresário Thiago Barbosa, pai de um dos feridos, disse que chegou ao colégio depois de ter sido informado pela diretora de que havia ocorrido um "acidente terrível" no local.

Segundo Barbosa, ele mesmo teve que transportar o filho e uma colega dele, também ferida, para o Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia), pois ambulâncias ainda não haviam chegado ao colégio. O empresário relatou que seu carro foi escoltado até a unidade de saúde por motocicletas do Giro (Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva), da PM goiana.

Barbosa disse que seu filho levou um tiro nas costas, mas está bem. De acordo com o empresário, outras duas vítimas, meninas, estão em estado grave.

Vítimas

Segundo a Polícia Científica de Goiás, os mortos são João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, cujas idades não foram confirmadas. Os feridos são os adolescentes L.F.B., 14; Y.M.B., 13; I.M.S., 14; e M.R.M., 13.

Inicialmente, os Bombeiros divulgaram que o total de mortos e feridos chegava a sete pessoas. Posteriormente, o número foi corrigido para seis (dois mortos e quatro feridos). 

De acordo com depoimentos de testemunhas à TV Serra Dourada, afiliada do SBT, todas as vítimas são alunas da escola. Momentos após o ataque, pais e parentes de alunos chegaram ao colégio em busca de informações.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, os feridos foram levados para dois hospitais municipais: o Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) e Hospital de Acidentados.

No Hugo, às 14h, havia três crianças recebendo atendimentos, segundo a assessoria de imprensa. São duas meninas e um menino. Todos eles encontram-se em estado grave.

O menino tem 13 anos, encontra-se consciente, mas respira com auxílio de aparelhos. Uma das meninas tem 13 anos e também está consciente com “respiração espontânea”, segundo o hospital. A outra menina, 13, foi identificada e está sedada e entubada.

O Colégio Goyases, onde ocorreu o ataque, fica a cerca de 7 quilômetros da região central de Goiânia. O estabelecimento atende a alunos da educação infantil e do ensino fundamental (1º ao 9º ano).

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