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Morando em casa com portões blindados, criminosa gerenciava quadrilha de traficantes no RS

Graciele Ribeiro do Carmo é suspeita de gerenciar quadrilha de traficantes no RS - Polícia Civil / Divulgação
Graciele Ribeiro do Carmo é suspeita de gerenciar quadrilha de traficantes no RS Imagem: Polícia Civil / Divulgação

Luciano Nagel

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

08/12/2017 23h13

A polícia suspeita que uma residência de luxo com portões blindados e túnel de fuga - descoberta em Porto Alegre no fim de novembro - era usada pela mulher de um traficante de drogas para gerenciar o crime organizado em três bairros da capital gaúcha enquanto seu marido estava preso. 

Graciele Ribeiro do Carmo, 28, é mulher de Leonardo Ramos de Souza, 36, conhecido como "Peixe" e suspeito de liderar o tráfico de drogas nos bairros Glória, Cascata e Embratel, em Porto Alegre.

Segundo o delegado Juliano Ferreira, titular da 19ª Delegacia da Polícia Civil de Porto Alegre, ela assumiu a gerência da organização criminosa desde que o marido foi transferido de uma penitenciária estadual para um presídio federal em Porto Velho (RO) em agosto.

Graciele fazia viagens para visitar o marido em Porto Velho a cada 15 dias. Lá recebia informações sobre o gerenciamento da quadrilha. Enquanto estava em Porto Alegre, morava em uma casa construída para servir como uma espécie de fortaleza.

O imóvel tinha portões blindados com chapas de aço, câmeras de monitoramento, cerca elétrica e um túnel secreto que levava até o lado de fora da casa para uso em eventuais fugas. Graciele e seus comparsas usavam ainda um drone para monitorar eventuais aproximações da polícia.

Por dentro, a casa era equipada com móveis caros, piscina e uma suíte de luxo.

O imóvel foi descoberto pela polícia em 28 de novembro, mas Graciele havia desaparecido. 

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Prisão

A suspeita foi presa em Porto Velho na última quinta-feira. Dessa vez, ela não tentou visitar o marido, pois já era considerada foragida. De acordo com o delegado Ferreira, ela foi detida no momento em que conversava com um advogado dentro de um shopping. Graciele estava com seus três filhos.

“Estávamos monitorando ela em conjunto com a polícia de Rondônia desde o dia 28 de novembro, quando ela foi considerada foragida”, afirmou o delegado.

Ela está sendo transferida para o Rio Grande do Sul, onde deve responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.