Delegado morto no Rio é enterrado; polícia identifica suspeito do crime
Foi enterrado neste sábado (13) o delegado da Polícia Civil Fábio Monteiro, 38, encontrado morto dentro do porta-malas de um carro perto da Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde trabalhava. O velório do delegado ocorreu na Acadepol (Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra) e o enterro foi no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
Um suspeito do crime foi identificado pela Delegacia de Homicídios (DH), mas seu nome não foi revelado.
Segundo informações preliminares da investigação, no momento do crime o delegado estava acompanhado de uma mulher, que prestou depoimento ontem. Ela teria sido poupada pelos suspeitos.
O Disque-Denúncia divulgou cartaz oferecendo recompensa de R$ 5.000 para quem der informações que esclareçam a morte de Monteiro.
Pedestres avisaram a polícia
O corpo de Monteiro estava em um Chevrolet Cobalt preto abandonado na avenida Dom Helder Câmara, perto do Viaduto de Benfica. No veículo havia uma credencial de um evento jurídico e o distintivo da Polícia Civil que pertencia ao delegado.
Pedestres contaram ter visto quatro homens saindo do veículo e correndo na direção das Favelas do Jacarezinho e do Arará, que são próximas. As testemunhas, então, avisaram PMs, que encontraram o corpo do delegado no porta-malas. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios do Rio.
Monteiro foi visto pela última vez saindo da Cidade da Polícia para almoçar. Informações preliminares indicam que ele teria sido vítima de assaltantes, em uma área conhecida como Buraco do Lacerda. Não se sabe se ele reagiu ou se os ladrões descobriram tratar-se de um policial. Monteiro teria sido levado para a favela e morto a tiros. Em seguida, o corpo foi abandonado no porta-malas do Cobalt.
Operação teve 40 detidos
Logo após o corpo ter sido encontrado, a Polícia Civil conduziu uma grande operação nos complexos do Jacarezinho e Arará.
Mais de 40 pessoas foram detidas.
Amigos lamentam morte
O delegado trabalhava na Central de Garantias da Cidade da Polícia e ingressou na corporação em 2013. Além de agente, ele também era professor de Direito Penal e Processo Penal em um curso preparatório para ingresso na Polícia Civil.
Na Cidade da Polícia, o clima era de espanto e tristeza. Mais de 150 policiais se mobilizaram em busca de informações sobre o crime.
Em nota, o chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Carlos Leba, lamentou a morte do colega. "Clamamos pela vida dos policiais que, angustiados, veem mais um companheiro tombando --se imaginando ele. Portanto, atentemos para o fato de que devemos estar aptos para proporcionar a justiça, e não a vingança", declarou.
"Toda ação contra agente público é um atentado, um tiro contra a democracia. A Polícia Civil não vai descansar enquanto não colocar as mãos nos criminosos. É uma resposta para a sociedade, e acima de tudo para o crime", disse o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá.
RJ já tem 6 policiais mortos em 2018
Na quinta-feira, o cabo Edson Magalhães Ribeiro Júnior, 38, foi assassinado em Cosmos, na zona oeste do Rio; outros quatro PMs já haviam sido mortos desde o começo do ano.
As mortes dos agentes da PM e do delegado Monteiro somam-se à estatística de policiais assassinados no Estado. Em 2017, 134 PMs foram mortos entre janeiro e dezembro --um a menos que em 2016--, e outros quatro policiais civis assassinados em serviço.
(Com Estadão Conteúdo)
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