Morre quarta vítima de queda de avião em Cascavel
Morreu na noite de ontem a quarta vítima da queda de um avião em Cascavel (PR) no último domingo, informou o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP).
Em nota, o hospital comunicou a morte de Graziela de Souza Philippi, de 53 anos, às 21h10 de ontem. Graziela era a única sobrevivente do acidente aéreo e estava internada desde domingo em estado grave.
"Graziela deu entrada na emergência do HU às 18h30 de domingo (17), com politraumatismo, passou por procedimentos cirúrgicos de alta complexidade, mas não resistiu à gravidade do quadro", diz o comunicado.
Ontem foram confirmadas as mortes do marido de Graziela, o médico cardiologista Eduardo Philippi, 48, e de sua filha, Fernanda, de 12 anos. O piloto da aeronave, Magnus Boeno Padilha, 32, também morreu na queda.
A família voltava do feriadão em uma praia em Santa Catarina quando o acidente ocorreu. O casal tinha outra filha, que atualmente mora em São Paulo e não estava no avião.
Avião não tinha autorização para táxi aéreo
Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave de prefixo PT-JQZ não tinha autorização para o serviço de táxi-aéreo, que só pode ser prestado por empresas que cumpram uma série de requisitos e exigências que as credenciam a prestar o serviço de forma legal e regular.
Procurada ontem pela reportagem, a empresa West Wings Escola de Aviação não atendeu as ligações ou respondeu as mensagens. Entretanto, por nota divulgada nas redes sociais, lamentou a morte do piloto.
"A sua morte nos pegou de surpresa e o levou de nós repentinamente. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que Deus dê conforto à sua família para que possam enfrentar esta imensurável dor com serenidade." Segundo a empresa, o piloto será "sempre lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade para lidar com as adversidades e conflitos humanos".
A queda será investigada pelo 5º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), ligado à Força Aérea. Investigadores estão se deslocando para o local e vão tentar agora descobrir o que provocou o acidente.
"A ação inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos", informou o órgão em nota.
A investigação pretender prevenir acidentes futuros. "A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo CENIPA terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente", concluiu a nota.
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