Brasileiro acusado de terrorismo na Ucrânia é preso com drogas em SP

O ex-professor de inglês Rafael Marques Lusvarghi, de 36 anos, foi preso suspeito de tráfico de drogas, em Presidente Prudente, cidade a 560 km de São Paulo, na noite de sábado (8).

Rafael é conhecido por ter sido preso durante protestos no Brasil, na Copa do Mundo de 2014, e também por ter sido detido na Ucrânia, como black bloc, durante manifestações de 2018. Pela participação nesse conflito armado ele foi condenado a cumprir 13 anos de prisão acusado de terrorismo, mas atualmente está em liberdade condicional concedida pela Justiça de Kiev e por isso teria retornado ao Brasil.

De acordo com a Polícia Militar, durante patrulhamento de rotina pela Vila Geni, policiais da Rocam (Ronda Ostensiva com o Apoio de Motocicletas) desconfiaram da atitude suspeita de dois homens que estavam na calçada, em pé, ao lado de um carro. Ao serem abordados nada de ilícito foi encontrado com eles.

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Segundo os policiais, Rafael teria mentido sobre sua identidade, mas depois de passar informações desencontradas e demonstrar nervosismo, acabou informando seu verdadeiro nome.

Ao ser questionado, o outro homem que estava com Rafael, acabou confessando que havia ido até o local comprar maconha. Por causa dessa informação os policiais decidiram entrar na casa de Rafael e fazer buscas.

No imóvel, no quarto do rapaz, foram encontrados cerca de 25 quilos de maconha e 350 munições calibre 9mm. Também foram apreendidos dinheiro, passaportes, balança de precisão e uma motocicleta de origem suspeita.

Rafael foi preso em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de munições. Ele foi levado para a delegacia da cidade e depois de passar por audiência de custódia ficou determinada a sua prisão preventiva.

Até o momento, segundo a Polícia Civil, ele não apresentou nenhum advogado de defesa.

O outro rapaz que estava com ele no momento da abordagem alegou ser apenas usuário de drogas. O jovem de 25 anos foi ouvido e liberado na sequência.

Viagem para o Brasil

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Rafael teria relatado aos policiais que retornou ao Brasil há um mês e teria ido morar na cidade do interior paulista por ter amigos no município.

Ele relatou ainda que os entorpecentes e munições pertenceriam a outra pessoa e ele estaria apenas guardando os produtos e para isso receberia R$ 3 mil.