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Casal que vendia vagas falsas em medicina aplicou ao menos 12 golpes

Casal foi preso suspeito de cobrar até 150 mil reais por vaga em faculdade de medicina - PCGO/divugação
Casal foi preso suspeito de cobrar até 150 mil reais por vaga em faculdade de medicina Imagem: PCGO/divugação

Pedro Paulo Couto

Colaboração para o UOL, em Goiânia

04/08/2021 12h51Atualizada em 04/08/2021 14h45

Em menos de uma semana, mais 11 pessoas denunciaram Alaor da Cunha Filho e Mayara Pimassoni, presos suspeitos de vender vagas, que não existiam, em universidades públicas de medicina por até R$ 150 mil cada. A informação é do delegado William Bretz, do 8º Distrito Policial de Goiânia, que também investiga o casal.

"Após a prisão deles, a polícia tem sido procurada por vítimas de vários locais. Ouvimos pessoas de Goiás, da Bahia e até uma do Paraguai por videoconferência", contou o delegado ao UOL.

Segundo William Bretz, vítimas que já registraram ocorrências também procuraram a delegacia novamente, e a investigação ocorre em outros estados, como Maranhão e São Paulo. O casal foi preso na segunda-feira da semana passada em um condomínio de luxo em Campos dos Goytacazes (RJ). Além da prisão dos suspeitos, houve o sequestro de mais de R$ 1 milhão de reais em bens.

De acordo com as investigações, o casal oferecia as falsas vagas em diversas universidades públicas do país, com a apresentação de documentos fraudados e cobravam de 35 mil até 150 mil reais por cada vaga para transferência de alunos que estudam em outras instituições da América do Sul para o Brasil. As vítimas eram procuradas em grupos nas redes sociais.

O delegado afirmou que Alaor segue preso preventivamente, mas Mayara Pimassoni foi para prisão domiciliar. "Nós percebemos com a apuração uma série de estelionatos. E hoje, o inquérito será remetido ao Judiciário, mas as pessoas podem continuar denunciando", explicou William Bretz.

Em nota encaminhada ao UOL, a defesa de Alaor da Cunha Filho informou que ainda não teve acesso à íntegra do processo, que tramita em segredo de Justiça, e que ele "tem cooperado com os esclarecimentos dos fatos". A defesa de Mayara Pimassoni também respondeu que só terá acesso ao processo mais tarde.