Casal é preso por cobrar até R$ 150 mil por vaga em curso de medicina
O casal Alaor Cunha Filho e Mayara Pissomani foi preso suspeito de vender vagas, que não existiam, em universidades públicas de medicina por até R$ 150 mil cada. Segundo a Polícia Civil de Goiás, o golpe era praticado contra pessoas que buscavam a transferência de outros países da América do Sul para instituições brasileiras. A dupla já estaria aplicando golpes há cinco anos e teria feito vítimas em pelo menos cinco estados.
Alaor e Mayara foram presos preventivamente em um condomínio de alto padrão na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), na última segunda-feira (26). Segundo o delegado William Bretz, do 8° Distrito Policial de Goiânia, eles tinham uma vida de luxo com o dinheiro dos golpes aplicados, que, de acordo com as investigações, começaram em 2016.
"Eles possuíam veículos que somavam quase R$ 1,1 milhão de reais, que foram apreendidos, além de casa no valor de um milhão, relógios caros e aparelhos de celular de última geração", disse o delegado ao UOL.
Segundo William Bretz, os dois ofereciam as falsas vagas em diversas universidades públicas do país. Há vítimas no Rio de Janeiro, no Mato Grosso, em Minas Gerais e no Maranhão. Em Goiás, segundo o delegado, duas pessoas foram enganadas - uma delas pagou 35 mil reais para trazer a filha do Paraguai para estudar no Brasil.
"As vítimas eram aliciadas nas redes sociais, principalmente em grupos de interesse em transferência de faculdades de medicina. Eles procuravam essas pessoas, ofereciam as vagas, apresentavam documentos falsos e após o pagamento, eles sumiam", explica William Bretz.
O delegado disse ainda que o pagamento era sempre via transferência bancária e que há casos sendo investigados de vítimas que foram ameaçadas pelo casal, após descobrirem o golpe. "Eles diziam que conheciam policiais, que não seriam presos e as vítimas ficavam com medo. Agora, com a prisão deles, acreditamos em uma enxurrada de denúncias", diz o delegado.
Segundo a defesa de Mayara Pissomani, ela não tem conhecimento dos casos e já prestou esclarecimentos. A reportagem não conseguiu contato com Alaor Cunha Filho.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.