Dentista é preso após ser acusado de estuprar paciente em consultório no DF
Um dentista foi preso nesta terça-feira (12) por suspeita de estuprar uma mulher dentro do consultório em Brasília (DF).
O que aconteceu
A vítima disse à polícia que conheceu o dentista, que se dizia especialista em harmonização facial. Ela afirmou que era elogiada e teria sido convidada para ir ao consultório dele realizar uma avaliação clínica, contou o delegado Walber José de Sousa Lima ao UOL. O crime aconteceu no dia 17 de agosto.
Ela contou que aceitou a avaliação e o dentista marcou a consulta para o fim do expediente. Não havia mais secretária no local. A mulher afirmou que chegou acompanhada do ex-marido e da filha, mas eles ficaram dentro do carro enquanto ela era atendida.
O dentista teria pedido para ela mostrar outros procedimentos que havia feito. Em certo momento, segundo ela contou à polícia, o dentista começou a ser violento.
Ela disse que tentou pedir ajuda, mas não conseguiu. Após o estupro, ele ainda teria falado sobre os procedimentos estéticos que ela poderia fazer.
Ao sair do local, ela contou o que aconteceu ao ex-marido e eles foram a uma delegacia registrar a ocorrência. Ela foi encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito, que constatou que o zíper da calça dela estava arrebentado.
Como o nome do suspeito não foi divulgado pela Polícia Civil, o UOL não localizou a defesa do dentista. O espaço segue aberto para manifestação.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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