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Paes e Crivella votam cedo no Rio em 2° turno com greve de ônibus

Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos), adversários no 2º turno da eleição para prefeito do Rio - André Melo Andrade/Immagini/Estadão Conteúdo e Saulo Ângelo/Futura Press/Estadão Conteúdo
Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos), adversários no 2º turno da eleição para prefeito do Rio Imagem: André Melo Andrade/Immagini/Estadão Conteúdo e Saulo Ângelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

29/11/2020 14h16

Adversários no segundo turno da disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) compareceram cedo às urnas neste domingo (29) —os dois candidatos votaram por volta das 10h da manhã de hoje, em bairros da zona sul e da zona oeste da capital fluminense.

O Rio também teve uma paralisação inesperada de duas empresas de transporte público, as viações Redentor e Futuro. A greve, que aconteceu como forma de protesto dos funcionários contra o parcelamento em oito vezes do 13º salário e o não recolhimento do FGTS, foi encerrada no fim desta manhã.

Votos de Paes e Crivella

Paes, que está à frente nas pesquisas de intenções, votou em São Conrado e disse ser um "momento decisivo" na história da cidade. Ele também criticou o adversário.

"Especialmente aqui no Rio de Janeiro, acho que é um momento decisivo na história da cidade. Nós hoje podemos dar um basta, podemos dar um não ao governo mais omisso, mais despreparado que já tivemos", disse o candidato na saída do seu local de votação na zona sul.

29.nov.2020 - O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), candidato à Prefeitura do Rio, ao votar na manhã deste domingo (29) - VANESSA ATALIBA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - VANESSA ATALIBA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
29.nov.2020 - O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), candidato à Prefeitura do Rio, ao votar na manhã deste domingo (29)
Imagem: VANESSA ATALIBA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O atual prefeito, que votou na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, reclamou da paralisação no transporte público. Crivella, que havia divulgado que votaria por volta das 8h da manhã neste domingo, chegou com cerca de duas horas de atraso ao seu local de votação.

Segundo o prefeito, o atraso aconteceu porque ele estava participando da negociação para interromper a greve.

"É uma pena que a paralisação aconteça justamente hoje, votação do segundo turno. Muitos trabalhadores, que usam o transporte público, podem ficar sem condições de votar", disse Crivella.

'A área mais afetada pela interrupção do transporte foi justamente a mais beneficiada pelo fim do pedágio da Linha Amarela: Barra, Recreio, Jacarepaguá, Freguesia, Cidade de Deus. É um local forte para nós, do Republicanos", completou o candidato.

Apesar de as pesquisas Ibope e Datafolha apontarem para a vitória de Paes, que aparece com 68% dos votos válidos contra 32% de Crivella, o atual prefeito demonstrou otimismo e falou que a "expectativa é sempre ganhar".

29.nov.2020 - O atual prefeito e candidato à reeleição, Marcelo Crivella, do Republicanos, ao votar hoje no Rio - ERBS JR./FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO - ERBS JR./FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
29.nov.2020 - O atual prefeito e candidato à reeleição, Marcelo Crivella, do Republicanos, ao votar hoje no Rio
Imagem: ERBS JR./FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Bolsonaro tira máscara e critica voto eletrônico

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também votou na manhã de hoje em uma escola na zona oeste do Rio. Bolsonaro falou com a imprensa sem usar máscara, descumprindo orientações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

29.nov.2020 - Sem máscara, Bolsonaro fala com jornalistas em seu local de votação, no Rio de Janeiro - Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo - Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo
29.nov.2020 - Sem máscara, Bolsonaro fala com jornalistas em seu local de votação, no Rio de Janeiro
Imagem: Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo

Sem apresentar provas de possíveis fraudes, ele voltou a questionar a segurança do voto eletrônico e declarou ter votado em Crivella.

"Eu votei no Crivella, todo mundo sabe disso. Fiz carreata, comício para alguém? Discretamente meu nome para alguns candidatos e o povo decidiu", declarou o presidente, que deve retornar a Brasília ainda hoje.

Apesar de o TSE e especialistas apontarem para a segurança das urnas eletrônicas, Bolsonaro disse esperar que, em 2022, "tenhamos um sistema seguro, que possa dar garantias ao eleitor que em quem ele votou o voto foi efetivamente para aquela pessoa".

"O voto impresso é uma necessidade, as reclamações são demais", afirmou, sem especificar quais seriam as supostas reclamações.

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