Exército Livre volta atrás e culpa governo da Síria por ataques com bombas; mais de 20 morreram
O Exército Livre Sírio (ELS), integrado por militares desertores, negou a autoria dos atentados com bombas que destruíram dois prédios na cidade de Aleppo, matando pelo menos 26 pessoas e ferindo outras 175. O grupo havia reivindicado a autoria, mas afirmou que foi responsável por uma ação anterior, com armas leves, e que as explosões são de autoria do governo do presidente Bashar al-Assad.
Logo após as explosões, o comandante-em-chefe do ELS, coronel Riad al Assad, tinha dito à agência Efe por telefone, da Turquia, que "estas operações respondem aos bombardeios do regime contra (a cidade de) Homs", uma das fortificações da oposição e onde pelo menos 400 pessoas morreram na última semana nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança. A declaração fez com que a autoria dos ataques de hoje fosse atribuída ao grupo.
"Grupos nossos atacaram estes dois edifícios, mas não estava previsto o uso de explosivos, mas o de armas leves e lança-granadas, porque não temos a logística para realizar um ataque dessa magnitude", disse Malek Kurdi, número dois no comando do ELS.
As explosões tiveram como alvo uma sede da Agência de Inteligência da Polícia Militar, no bairro de Novo Aleppo, e um edifício das forças antidistúrbios, situado na zona de Al Sajur, detalhou a televisão oficial, que descreveu os responsáveis como "grupos terroristas".
O Ministério da Saúde sírio, segundo a televisão oficial, destacou que os números de mortos e feridos são provisórios, já que foram contabilizadas apenas as vítimas que chegaram até agora aos hospitais de Aleppo, 360 quilômetros ao norte de Damasco e capital econômica do país.
Até o momento, o clima na cidade de Alepo era de relativa tranquilidade, ao contrário de Damasco e Homs, palco de violentos confrontos entre manifestantes que pedem a saída do presidente Bashar al-Assad e forças de segurança.
Desde março de 2011, quando os protestos populares começaram na Síria, mais de 5.400 já morreram, segundo o último levantamento da ONU. O governo diz que as manifestações são uma articulação de Israel e do ocidente e de grupo terroristas contra o país. (Com AFP e EFE)
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