Pelo menos 47 corpos de mulheres e crianças são encontrados na Síria
Pelo menos 47 corpos de mulheres e crianças foram encontrados na cidade síria de Homs após um massacre atribuído por militantes da oposição às forças do regime de Bashar al-Assad e, pela televisão oficial síria, a “grupos terroristas”.
Segundo Abdallah, "membros do Exército Sírio Livre (ESL, formado por militares dissidentes) conseguiram transportar os corpos para o bairro de Bab Sebaa, considerado mais seguro".
Assim, conseguiram filmar os corpos. "Algumas vítimas foram degoladas com facas, outras apunhaladas, outras, sobretudo as crianças, foram atacadas na cabeça por objetos cortantes. Uma menina foi mutilada e algumas mulheres foram violentadas antes do assassinato", disse Abdallah.
A TV estatal, no entanto, acusou “grupos terroristas armados” de haver “sequestrado cidadãos em bairros de Homs e tê-los filmado para provocar reações internacionais contra a Síria”.
A agência "Sana" cita famílias que asseguraram à televisão estatal síria que supostamente identificaram entre os cadáveres seus parentes, que tinham sido sequestrados previamente por terroristas.
Segundo um comunicado dos Comitês de Coordenação Local, com estas mortes se eleva a 108 o número de assassinatos registrados nas últimas 24 horas.
Outro grupo opositor, a Comissão Geral para a Revolução Síria, destacou em comunicado que alguns dos corpos pertencem a pessoas que foram queimadas vivas, a outros tiveram o pescoço quebrado ou outras partes do corpo.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo oposicionista, convocou uma "reunião de emergência" do Conselho de Segurança da ONU, após as informações sobre a matança.
"O Conselho desenvolve os contatos necessários junto às organizações e países amigos do povo sírio para obter uma reunião de emergência do Conselho de Segurança", indicou o CNS em comunicado, mencionando o "massacre de cerca de 50 mulheres e crianças no domingo" em Homs.
Centenas de famílias abandonaram os bairros de Homs, especialmente Karm al-Seitum, durante a madrugada, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que tem sede na Grã-Bretanha.
Vídeos amadores mostram destruição em Homs, na Síria
Pelo menos 34 pessoas já haviam morrido no domingo (11) vítimas da violência no país, principalmente nas províncias de Idleb (noroeste) e de Damasco, assim como na cidade de Hama (centro), segundo uma ONG síria.
Entre os mortos, havia 15 civis, 14 militares e cinco rebeldes, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que informa sobre violentos combates na província rebelde de Idleb, cenário desde sexta-feira (9) de uma violenta ofensiva do Exército.
Em breve discurso, o enviado internacional à Síria e ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse ter apresentado a Assad propostas concretas para cessar a violência e promover um diálogo "que terão um impacto real 'in loco'".
Annan já havia se reunido no sábado (10) com Assad, e fez então uma série de propostas para pôr fim aos confrontos, permitir um acesso da ajuda humanitária, libertar presos e iniciar um diálogo com a oposição.
O regime de Assad enfrenta há um ano uma revolta popular duramente reprimida que deixou, segundo a ONU, mais de 7.500 mortos. (Com AFP e EFE)
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