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"Eles eram animais", relata testemunha de ataque em Londres

Do UOL, em São Paulo

23/05/2013 02h54Atualizada em 23/05/2013 03h39

"Esses dois caras estavam loucos; eles simplesmente não 'estavam lá'; eles eram  animais". O relato é de um homem que se identificou apenas como James e testemunhou o ataque que deixou uma pessoa morta e duas feridas em Londres, nesta quarta-feira (22).

Em entrevista à rádio britânica LBC, ele contou que passava de carro pela área quando viu dois homens perto de um outro, que estava deitado no chão.

"Nós vimos claramente duas facas, daquelas de açogueiro", descreveu. "Eles não estavam com facas pequenas, estavam com facas grandes como as que são usadas em açougues. Eles cortavam o homem, literalmente".

"Eles então arrastaram o pobre rapaz da calçada e jogaram seu corpo no meio da rua", relatou a testemunha.

Vídeo gravado a pedido dos agressores

Após o ataque, um dos suspeitos pediu a pessoas que estavam em um ônibus que tirassem fotos dele porque queria aparecer na TV, afirma a emissora norte-americana CNN.

Um homem que pediu para não ser identificado contou à emissora ITN, afiliada da CNN, que ia para uma entrevista de emprego quando passou pelo local e começou a filmar.

Segundo ele, um homem com um cutelo e uma faca nas mãos meladas de sangue "veio em direção a mim e disse 'Não, não, não, tudo bem. Eu quero apenas falar com você'".

Homem com mãos sujas de sangue aparece em vídeo

No vídeo, o homem fala: "Eu peço desculpas por mulheres terem que testemunhar isso hoje, mas na nossa terra as mulheres têm que ver o mesmo. Vocês nunca estarão em segurança. Se livrem de seu governo, eles não ligam para você".

O "The New York Times" publicou que a justificativa para o ataque, nas palavras do homem com as mãos ensanguentadas, seria "o que está acontecendo em nossos países", frase associada a militantes islâmicos quando se referem a conflitos no Afeganistão, Iraque e Somália.

Ataque a facadas mata um e fere dois

O homem morto no ataque ainda não teve a identidade revelada, e se suspeita que seja um soldado, o que ainda não foi confirmado pelo ministério da Defesa. A vítima, com cerca de 20 anos, teria sido atingida por um carro e depois ferida gravemente perto de uma base militar em Woolwich, no sudeste de Londres. De acordo com a BBC, os autores do ataque gritavam "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) enquanto esfaqueavam a vítima.

Outras duas pessoas foram agredidas pelos dois homens e ficaram feridas. Os agressores foram baleados pela polícia, em seguida, sendo depois levados a dois hospitais. Uma arma de fogo, um facão e um punhal teriam sido apreendidos com eles, segundo informações da imprensa britânica.