Com país em turbulência, Tunísia absolve parcialmente ativista do Femen
Uma corte da Tunísia rejeitou uma das acusações contra a ativista do Femen Amina Sboui, presa desde maio no país. Ela ainda tem outros processos a responder, que podem mantê-la atrás das grades por até cinco anos.
"O Judiciário começou a entender que ela foi acusada injustamente. É uma vitória", afirma o advogado de Amina, Ghazi Mrabet. "Esta decisão reassegura minha fé no Judiciário", diz a mãe da ativista à agência "AFP".
A ativista está livre das acusações de difamação e desobediência, após dizer que presos em sua cela eram torturadas. Ela ainda pode ser condenada por usar spray de pimenta para pichar o nome do grupo ativista da Ucrânia em um cemitério tunisiano. A pena vai de seis meses a cinco anos de prisão
Amina continua presa, em um momento delicado para a Tunísia. Berço da Primavera Árabe, em 2011, o país vive desde a última quinta-feira *(25) uma onda de manifestações pela renúncia do governo atual, após o assassinato de dois políticos da oposição.
Cronologia
Amina causou controvérsia em seu país no início do ano, após postar fotos suas com os seios de fora, em um protesto contra a linha-dura do islã no país.
No fim de maio deste ano, três ativistas do Femen - duas francesas e uma alemã - foram detidas após protestarem de topless diante do prédio da corte em Túnis, em apoio a Amina. O trio foi detido e liberado após a repercussão negativa das detenções na comunidade internacional.
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