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Rússia considera "inaceitável" ameaça dos EUA de intervir na Síria

Do UOL, em São Paulo

30/08/2013 20h43

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia considerou “inaceitáveis” os anúncios do governo dos Estados Unidos ameaçando usar, unilateralmente, forças militares contra a Síria, disse o porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich, nesta sexta-feira (30).

De acordo com o comunicado, uma ação militar ‘passando por cima’ do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), sem provas, não importando o quão restrita seja –conforme proposta do presidente norte-americano, Barack Obama--, seria uma violação direta das leis internacionais e enfraqueceria a expectativa de uma solução política e diplomática para o conflito na Síria, acarretando em um novo ciclo de confrontos e vítimas.

O porta-voz disse que mesmo aliados dos EUA têm pedido que se aguarde até que seja divulgada a conclusão da ONU sobre o uso de armas químicas na Síria, a partir do que foi coletado na área atacada em Damasco por sua equipe de especialistas, para que se possa “obter uma visão imparcial do que realmente aconteceu e decidir sobre as próximas medidas na questão da crise síria". 

ONU não tem prazo para entregar análise final

A análise do que foi visto e coletado pela equipe de inspeção da ONU em Damasco, cujo retorno à Holanda, onde fica a sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas, está programado para este sábado (31), pode levar semanas para ser apresentada, de acordo com o que disse nesta sexta-feira (30) o porta-voz do Secretário-Geral das Nações Unidas, Martin Nesirky.

Os investigadores da ONU chegaram à Síria no dia 18 de agosto, pouco antes do ataque com armas supostamente químicas, e desde então recolheram amostras, visitaram hospitais e áreas afetadas, e entrevistaram médicos e vítimas.

O material recolhido será encaminhado a laboratórios na Europa, e dependerá deles o prazo para a divulgação dos resultados dos exames.

Nesirky não especificou uma data, mas informou que os inspetores da ONU voltarão à Síria para dar continuidade aos trabalhos de investigação sobre o uso de armas químicas no país. (Com agências internacionais)

 

 

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