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ONU descarta possibilidade de temas controversos ficarem para 2013

Renata Giraldi e Carolina Gonçalves

Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

15/06/2012 14h55

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Conferência das Nações Unidas sobre Sustentabilidade (Rio+20), Nikhil Seth, rechaçou hoje (15) a hipótese de que os temas-chave em discussão e estão sem consenso serem definidos apenas em 2013.

Segundo ele, as questões mais controvertidas e sem acordo serão reservadas para definição por parte dos 115 chefes de Estado e de Governo, nos próximos dias 20 a 22.

Seth negou ainda que exista uma espécie de plano B como alternativa ao texto que não tem consenso entre os negociadores. “Não existe plano B até onde eu sei”, disse. No entanto, apesar de seu otimismo, ele reconheceu que a questão refere-se à definição de responsabilidades pelos países só será discriminada pelos líderes políticos. “Isso será definido na reunião de alto nível”, resumiu.

Seth disse que “não está sendo discutida” a possibilidade de os temas mais polêmicos ficarem para o próximo ano. O debate sobre assuntos como a transferência de tecnologia limpa, que dividem as opiniões entre os negociadores dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento, por exemplo, começa no final da tarde desta sexta-feira, com previsão de término por volta das 23h.

Há ainda mais temas divergentes, como capacitação de profissionais para a execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, além da possibilidade de fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e da criação de um fundo de recursos financeiros para implementação de ações rumo ao desenvolvimento sustentável.

A proposta do fundo, defendida pelo Brasil, determina o compromisso formal de todos os países em adotar o incentivo ao desenvolvimento sustentável como meta. A ideia é que todos colaborem com recursos para obtenção de US$ 30 bilhões a partir de 2013 até chegar a US$ 100 bilhões, em 2018. Mas o Canadá, os Estados Unidos e os países europeus se opõem à ideia.