Topo

Polvos podem "ver com a pele", conclui estudo

O chef Francisco Gómez González, especialista em polvos, participa da abertura do Fórum Gastronômico de La Coruña, na Galícia, em 15 de março - Cabalar/EFE
O chef Francisco Gómez González, especialista em polvos, participa da abertura do Fórum Gastronômico de La Coruña, na Galícia, em 15 de março Imagem: Cabalar/EFE

Do UOL, em São Paulo

21/05/2015 16h06

O sofisticado sistema de segurança dos polvos ganhou mais um elemento conhecido após a publicação de uma pesquisa no "Journal of Experimental Biology", no dia 15 de maio. Mestres do disfarce, os polvos conseguem mudar a cor, padrão e textura de suas peles para se camuflar com o meio.

Até então, se acreditava que os polvos capturassem informações do meio ambiente pelos olhos, como luz e cor, e enviassem sinais às células da pele, chamadas de cromatóforos. Após uma biópsia nas células da pele dos polvos, ficou claro que elas podem agir mesmo sem sinais enviados pelos olhos do animal e, consequentemente se camuflar com o meio ambiente sem precisar que o olho detecte a cor e luz.

Os cientistas Desmond Ramirez e Todd Oakley da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e os pesquisadores Alexandra Kingston e Thomas Cronin, da Universidade de Maryland, também nos EUA realizaram pesquisas distintas, mas que se complementaram para a publicação do artigo.

Além disso, eles descobriram que proteínas análogas às chamadas opsinas, que são encontradas nos olhos e responsáveis pela captura da luz, também são produzidas na pele dos polvos. A partir da biópsia da pele dos polvos, os cientistas ficaram impressionados com a expansão dos cromatóforos, responsáveis pela mudança de cor da pele, ao serem expostos à luz. 

Entenda como funcionam os tentáculos de um polvo