Ministro da Saúde diz que denúncia de suborno a ex-assessor é extremamente grave
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que as suspeitas de suborno no Ministério da Saúde são “extremamente graves” e serão apurados “até o fim”.
A revista "Veja" deste sábado (31) diz que Edson Pereira de Oliveira, ex-assessor do Ministério da Saúde, havia recebido R$ 200 mil de propina, transferidos em depósitos separados por um grupo suspeito de desvios em hospitais federais do Rio de Janeiro.
O suborno teria sido pago a Oliveira para que empresas continuassem com um canal aberto junto ao ministério. Segundo a revista, Oliveira saiu do cargo em dezembro do último ano devido à pressão de parlamentares fluminenses.
Em entrevista na manhã deste sábado na sede do ministério em Brasília, o ministro disse que não tinha conhecimento sobre os fatos até ser procurado pela revista na última segunda-feira. Ele diz ter pedido a apuração dos ilícitos ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal assim que soube das denúncias.
“Esse processo de apuração vai até o fim para que a gente possa usar de todos mecanismos legais para reaver qualquer recurso que possa ter sido perdido pela área de saúde”, diz o ministro.
O ministro disse que Oliveira foi ao ministério da Saúde a seu convite quando ele assumiu a pasta, em janeiro de 2011, devido ao seu trânsito com parlamentares e prefeitos.
Antes, os dois trabalhavam juntos na Secretaria de Relações Institucionais da presidência.
Padilha disse que não sabia das suspeitas anteriores sobre seu ex-assessor e não o procurou desde que soube das denúncias.
Segundo o ministro, o fato revelado pela revista se associa a outros que vem acontecendo nos hospitais do Rio de Janeiro. Ele diz estar fazendo um conjunto de auditorias nos hospitais da região em parceria com a CGU (Controladoria Geral da União) desde abril de 2011. O ministro também falou que já trocou diretores nos hospitais e reviu contratos que geraram uma economia de cerca de R$ 50 milhões.
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