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Após bate-boca em CPI, Taques diz estudar representação contra Silvio Costa

Maurício Savarese

Do UOL, em Brasília

05/06/2012 11h12

Nos primeiros minutos da reunião da CPI do Cachoeira nesta terça-feira (5), o bate-boca entre o senador Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado Silvio Costa (PTB-PE) foi retomado.

Costa, que usou palavrões contra o Taques na semana passada, pediu desculpas, mas recuou depois de o colega ameaçar entrar com uma representação contra ele por quebra de decoro parlamentar.

Relembre o bate-boca na CPI

O entrevero entre os dois surgiu na semana passada, durante o silencioso depoimento do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

Costa atacou o pivô do escândalo e ouviu Taques interrompê-lo para pedir respeito ao depoente. Taques acabou sendo ofendido fora dos microfones e a sessão foi encerrada por causa do tumulto. Nesta manhã, o tema abriu a reunião da comissão para ouvir citados em investigações da Polícia Federal.

Costa começou pedindo desculpas pelos palavrões que usou, mas Taques não aceitou. “Ele tem de pedir desculpas a seus eleitores, não a mim”, disse o senador, que admitiu estudar uma representação contra o deputado.

“Não há parlapatões que me farão abrir mão de princípios constitucionais. Eu pedi a palavra, o presidente me ofertou.” Em seguida, o petebista retirou o pedido de desculpas que fez minutos antes.

Sobraram críticas até para o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), está ausente, recuperando-se de um cateterismo. O petista criticou o tom de Costa no depoimento de Demóstenes e afirmou que Taques errou ao interromper o colega.

“Não cabe a Vossa Excelência, como vice-presidente, questionar o que ele fez naquela sessão”, disse Taques. “Não estou aqui bater boca, estou aqui para investigar a verdade.”

Nesta manhã, a CPI ouvirá pessoas ligadas ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), suspeito de fazer negócios com Cachoeira. A ex-chefe de gabinete do tucano, Eliane Gonçalves, entregou um atestado médico à comissão para não depor.