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Eduardo Campos confirma apoio do PSB a Dilma e volta a desconversar sobre eleições presidenciais

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não fala sobre 2014 - Elza Fiúza - 04 nov. 2010/ABr
O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não fala sobre 2014 Imagem: Elza Fiúza - 04 nov. 2010/ABr

Camila Campanerut

Do UOL, em Brasília

14/01/2013 20h38Atualizada em 15/01/2013 08h35

Depois de reunião de cerca de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, desconversou nesta segunda-feira (14) quando questionado se estaria preparado para se candidatar por seu partido à Presidência da República, apesar de fazer parte, atualmente, do grupo de partidos que compõem a base governista no Congresso Nacional.

"Não estamos tratando de 2014. Até porque não chegou a hora. Nós estamos tratando de ajudar a presidente Dilma a vencer o ano de 2013 com a unidade da nossa base, com a contribuição do PSB que vem ajudando este projeto já desde o primeiro governo do presidente Lula", afirmou aos jornalistas em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Mesmo com os comentários e boatos de aliados sobre a possibilidade de ele ser candidato já nas próximas eleições presidenciais, Campos frisou que, como "aliado correto", vai focar sua contribuição em dar sugestões ao governo federal sobre como agir em momentos de crise e apoiar votações no Congresso.

"Nós colocamos claramente no final do ano passado [a posição do PSB] de dar contribuição do partido para que possamos retomar o crescimento econômico, tratar da pauta efetiva do país, em busca de preservar os ganhos dos últimos anos", apontou.

Apesar de o PSB ter aumentado seu poder pelo país, ao eleger mais prefeitos e vereadores nas últimas eleições municipais, Campos negou que a legenda irá cobrar mais espaço no governo Dilma Rousseff.

"Não tem nenhuma decisão sobre isso [candidatura dele]. O aliado correto, o bom aliado (...) é aquele que, numa hora como esta, em vez de estar discutindo [a campanha] o eleitoral está discutindo o que interessa ao país. O que interessa ao país, neste momento, não é criar dificuldade à presidente Dilma. Neste momento, o que interessa é ajudar a vencer as dificuldades de uma conjuntura internacional", disse.

Quando questionado sobre o fato de haver um candidato da legenda dele à Câmara dos Deputados --contrariando o apoio oficial do governo ao peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN)-- Campos disse apenas que "a pauta da Câmara não é a pauta do partido" e que o assunto não chegou a ser discutido hoje com a presidente.

Segundo Campos, a reunião se limitou a tratar de obras e ações conjuntas para prevenção e combate à seca e à estiagem.