Barroso volta atrás e diz ser a favor de Constituinte limitada
Às vésperas de tomar posse como o 11º ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado Luís Roberto Barroso voltou atrás em sua opinião sobre a realização de uma Constituinte. "Se aproveitarmos esta onda contestatória relevante para conduzir uma ampla reforma política, teremos transformado um limão em uma limonada", disse nesta terça-feira (25) em Brasília.
Questionado sobre sua opinião anterior, dada em entrevista de 2011, disse que foi "mal-interpretado". Segundo o ministro, ele se colocou anteriormente contra uma Assembleia Constituinte plena, mas a favor de uma Constituinte pontual.
"Já declarei que não acho ser o caso de convocar uma Constituinte originária, já que no Brasil temos todas as instituições funcionando e não há calamidade [desordem institucional]", afirmou. "Mas sempre fui a favor de uma Constituinte específica, que possa tratar de temas específicos como, por exemplo, uma reforma política."
Ontem, a presidente Dilma Rousseff anunciou que quer convocar um plebiscito para instalar uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política, em reunião com governadores e prefeitos de todo o país.
Barroso também declarou ser a favor de um plebiscito popular.
Posse
Barroso afirmou estar "feliz" que a sua posse, que acontece amanhã, coincida com as manifestações que estão ocorrendo em todo o país.
"Fico feliz de chegar a um cargo no poder público com a juventude e o povo na rua. Essa é a energia que move a história. Energia do bem e da paz." Ele rechaçou, porém, a violência de parte dos manifestantes. "A violência e a depredação não constroem nada de bom".
Estão marcadas para esta quarta-feira ao menos três manifestações na Esplanada dos Ministérios, que ocorrerão pouco depois da posse de Barroso no STF, às 14h30.
Barroso assumirá a vaga aberta com a aposentadoria de Carlos Ayres Britto, em novembro do ano passado.
O novo ministro é um dos principais advogados constitucionalistas do país e atuou em casos polêmicos julgados pela Suprema Corte, como o que permitiu a união estável entre casais do mesmo sexo e as ações afirmativas em matéria racial.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.